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    Prefeito de Porto Alegre anuncia medidas após incêndio fatal em pousada

    Sebastião Melo declarou que não pretende politizar a tragédia e que o foco está em preservar vidas e acolher as vítimas

    Local onde ocorreu o incêndio que vitimou 10 pessoas em Porto Alegre
    Local onde ocorreu o incêndio que vitimou 10 pessoas em Porto Alegre Evandro Leal/Enquadrar/Estadão Conteúdo - 26.abr.2024

    Thomaz CoelhoCatarina Nestlehnerda CNN*

    Em resposta ao incêndio que atingiu a Pousada Garoa na Avenida Farrapos e resultou em 10 mortes, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião de Araújo Melo (MDB), detalhou as ações que a prefeitura está tomando durante uma coletiva de imprensa.

    As medidas de resposta incluem a hospitalização de vítimas e a realocação de moradores em situação de rua para outras instalações, com orientação da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC).

    O prefeito também declarou que não pretende politizar a tragédia e que o foco está em preservar vidas e acolher as vítimas.

    A tragédia, ocorrida na madrugada desta sexta-feira (26), levantou questões sobre a segurança e a regulamentação das instalações que hospedam também moradores em situação de rua na cidade.

    Detalhes do contrato e segurança

    Em face do incidente, uma investigação preliminar foi instaurada para examinar os detalhes do contrato com a Garoa, e uma força-tarefa foi designada para inspecionar os outros 22 locais que também alojam moradores em situação de rua sob os mesmos termos contratuais.

    O prefeito informou que, desde 2020, a pousada Garoa tinha um contrato emergencial com a cidade para fornecer hospedagem a pessoas desabrigadas e ressaltou que a empresa privada, com 12 anos de operação na cidade, já servia a outros clientes, além dos encaminhados pela prefeitura.

    Regulamentação e investigações

    Sebastião Melo também enfatizou que a responsabilidade pelo Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) é da empresa e não está incluída nos critérios de licitação da prefeitura conforme a lei estadual, que exige que as empresas garantam suas próprias conformidades de segurança.

    “A questão de PPCI compete à empresa que abre seja qual for a atividade. E essa é uma lei estadual, portanto licenciamento com os bombeiros”, explicou o prefeito.

    Além disso, foi mencionado que a prefeitura vai cooperar com as autoridades na investigação em curso, liderada pela Polícia Civil, para determinar as causas do incêndio.

    Uma imagem capturada por vídeo mostrando uma pessoa entrando e saindo do local horas antes do incêndio está sendo analisada pela perícia, embora sua relação com o incêndio ainda não esteja clara.

    As investigações e inspeções continuam, com atualizações esperadas nos próximos dias.

    Estado de saúde das vítimas

    No primeiro momento após o incêndio, oito pessoas foram removidas para hospitais locais. Dentre essas, duas se encontram em estado grave, porém estável, sem risco de morte imediato, e uma em estado moderado.

    As demais estão sob controle médico, internadas principalmente devido a inalações de fumaça ou fraturas decorrentes de saltos para escapar do fogo, afetando pés, pernas e rosto.

    Ao longo do mesmo dia, outros sete indivíduos procuraram atendimento médico por conta do incidente. Cinco dessas pessoas foram atendidas e liberadas após avaliação médica. Os outros dois ainda estão recebendo atendimento, e ainda não foi definido se permanecerão internados.

    No total, quinze pessoas foram atendidas pelos serviços de saúde em decorrência do incêndio, sendo oito ainda internadas, cinco liberadas e duas em atendimento.

    *Sob supervisão de André Rigue