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    Porto Alegre retoma restrições para frear velocidade da demanda por UTIs

    Ocupação de leitos de UTI passou de 45 pacientes, no início do mês, para 69 internados com Covid-19 nessa quinta-feira (11)

    Pedestres usam máscara para se proteger da Covid-19 na cidade de Porto Alegre (RS), em 11 de maio de 2020.
    Pedestres usam máscara para se proteger da Covid-19 na cidade de Porto Alegre (RS), em 11 de maio de 2020. Foto: Evandro Leal/Agência Freelancer/Estadão Conteúdo

    Evelyne Lorenzetti

    da CNN, em São Paulo

    O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), anunciou em transmissão pelas redes sociais nesta sexta-feira (12) que, após as últimas análises do Comitê Técnico de Enfrentamento ao Coronavírus sobre a situação epidemiológica e sanitária em razão da pandemia na cidade, o governo municipal decidiu revisar as medidas de flexibilização do distanciamento social e das atividades econômicas.

    As alterações no regramento estão baseadas na velocidade do crescimento da ocupação de leitos de UTI, que passou de 45 pacientes, no início do mês, para 69 internados com Covid-19 nessa quinta-feira (11) — alta de 53%. As restrições serão divulgadas por decreto a ser publicado no Diário Oficial de Porto Alegre e passam a valer a partir de segunda-feira (15).

    De acordo com o prefeito, o decreto vai limitar as atividades de shoppings e de lojas que faturam mais de R$ 360 mil por ano. Haverá também restrições no funcionamento das academias, e os restaurantes e bares devem funcionar até as 23h.

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    Marchezan destaca que a decisão é de natureza preventiva. “É pensando no futuro, uma espécie de trava de segurança para diminuir a velocidade de crescimento da demanda por leitos de UTI e uma precaução para que possamos continuar com a estrutura de saúde disponível para quem precisar de atendimento”, explica o prefeito.

    Desde o início da pandemia, a situação epidemiológica da capital é analisada diariamente pela prefeitura, que adotou como dado-referência o número de pacientes testados positivos para novo coronavírus em UTIs. O objetivo é manter ajustadas as regras de distanciamento e convivência social de modo a evitar que, no futuro, a demanda de saúde extrapole a capacidade de atendimento da rede hospitalar.

    “De sábado (6) para cá tem tido uma evolução em vários números (enfermaria, mobilidade, transporte coletivo e aplicativo) e alguns surtos”, diz o prefeito. De acordo com Marchezan, na velocidade atual, até o final do mês de junho os 174 leitos já preparados para pacientes com Covid-19 estariam todos ocupados.