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    Porta-bandeira da Portela denuncia racismo no Aeroporto de Brasília

    Dona Vilma foi acusada de furto e teve a bolsa revistada enquanto comprava chocolates

    Pedro Osorio

    A filha da porta-bandeira da Portela, Vilma Nascimento, denunciou em suas redes sociais um caso de racismo sofrido pela mãe. A situação aconteceu na última terça-feira (21) na Duty Free Shop do Aeroporto Internacional de Brasília. Dona Vilma, de 85 anos, moradora do Rio de Janeiro, estava na capital federal para receber uma homenagem na Câmara dos Deputados como parte das celebrações do Dia da Consciência Negra.

    No vídeo publicado, a filha de Vilma, Danielle Nascimento, relata que a porta-bandeira e a família estavam na loja comprando chocolates e, quando estavam saindo, um fiscal realizou uma abordagem acusando Vilma de ter levado um produto sem pagar.

    A segurança da loja solicitou que a bolsa de Dona Vilma fosse revistada. “Foi uma humilhação que nem eu, nem a minha mãe imaginávamos passar nessa vida. Estamos tristes e traumatizadas até agora. Foi um absurdo”, contou Danielle.

    Os funcionários foram questionados sobre o motivo da revista, mas não responderam. “Entrei no avião lotado aos prantos, com todos me olhando”.

    Em nota, a Portela repudiou o caso e disse que “o constrangimento, demonstrado nas imagens divulgadas, é sentido por todos que temos no samba parte importante de nossa identidade”. Leia a nota na íntegra:

    A luta por uma sociedade mais justa e humana passa pelo combate ao racismo. O G.R.E.S Portela repudia veementemente o preconceito sofrido por Vilma Nascimento, o Cisne da Passarela, no aeroporto de Brasília, em companhia de sua filha Danielle Nascimento. Vilma é um dos ícones da Portela e do carnaval. É uma sambista de destaque, que traz na pele a marca de nossa ancestralidade. O constrangimento, demonstrado nas imagens divulgadas, é sentido por todos que temos no samba parte importante de nossa identidade, e que enxergamos em Vilma uma de nossas grandes referências. Em nome dessa ancestralidade, que orgulhosamente compartilhamos e exaltamos, levantamos nossa voz pedindo para o caso ser apurado pelas autoridades. Este é um dever do Poder constituído não apenas para com os sambistas, mas para toda a população preta de nosso país, que não admite mais ser discriminada em lugares públicos.

    A CNN procurou a Duty Free Shop do Aeroporto Internacional de Brasília e, até a publicação da matéria, não houve resposta da empresa.

    Veja o vídeo:

     

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