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    População está sendo ‘analfabeta’ de cidadania, diz conselho de guardas

    Representante da categoria analisa atuação dos guardas municipais durante a pandemia e casos de desrespeito

    Um agente da Guarda Municipal de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, foi agredido no final de semana ao atender um chamado para conter aglomerações no parque Botyra Camorim Gatti. O guarda de 56 anos ficou ferido após ser atacado por cerca de 10 jovens com chutes e socos. Um suspeito da agressão foi detido.

    O caso foi registrado como tentativa de homicídio, e o guarda foi liberado do hospital após receber atendimento médico. 

    No sábado (18), o desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira destratou guardas municipais de Santos, no litoral paulista, depois de ser multado por se recusar a usar máscara.

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    Em entrevista à CNN, o presidente do Conselho Nacional das Guardas Municipais do Brasil (CNGM), Carlos Alexandre Braga, analisou o cenário de trabalho da categoria em meio à pandemia. De acordo com ele, os casos têm um ponto em comum: a falta de respeito à cidadania. 

    “Diante dos casos mais recentes de agressão contra os agentes, as pessoas estão sendo analfabetas de cidadania e respeito às outras. O primeiro caso do desembargador, as imagens falam por si só. Na verdade, quem não está entendendo nada da abordagem é o desembargador, que esqueceu que todos são iguais perante a lei. O caso de Mogi das Cruzes é mais um episódio de falta de respeito à cidadania”, avaliou.

    Em sua visão, os agentes estão seguindo as ordens colocadas por meio de decreto e que irregularidades deverão ser apuradas também neste momento de pandemia. 

    “A Covid-19 veio para mostrar que todos são iguais perante a lei. Portanto, é isto que os guardas estão fazendo [seguindo os decretos]. Enquanto isso, eles estão lá, sendo agredidos brutalmente, sendo desrespeitados e até sendo vítimas de tentativas de homicídio que, com certeza, serão apuradas”.

    No Rio, por outro lado, guardas municipais foram filmados usando uma arma de choque contra um homem sem máscara na praia de Copacabana. O homem estava imobilizado por pelo menos cinco agentes. Braga afirmou não ter visto excessos durante a abordagem, mas disse que o caso deve ser apurado.

    “Não posso julgar, pois não tive acesso ao caso completo. Eu não vi excesso durante a abordagem. Eles utilizaram a arma de choque porque não podem andar armados. Em seguida, levaram ele para a delegacia. Existe o crime de desobediência a ordem legal. Por exemplo, o uso de máscaras é uma ordem legal; se a pessoa não cumpre, precisamos dos dados para gerar a multa. Se houver excessos, com certeza absoluta o guarda será rigorosamente punido”, concluiu.

    (Edição: Bernardo Barbosa)

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