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    Política de cotas é um fortalecimento da luta contra o racismo, diz professor

    À CNN Rádio, Nelson Inocêncio da Silva reforçou que precisa haver acompanhamento da lei das cotas raciais, para se ter certeza de que ela funciona como deveria

    Alunos acompanham aula de literatura na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP
    Alunos acompanham aula de literatura na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP Marcos Santos/USP Imagens

    Amanda Garciada CNN

    São Paulo

    Em entrevista à CNN Rádio, no quadro no CNN no Plural, o professor Nelson Inocêncio da Silva, da Universidade de Brasília – a primeira a aderir à política de cotas raciais –, avaliou que a lei tem “relevância, importância e significado emblemático.”

    A política de cotas completará 10 anos em 2022 e, segundo ele, é necessária uma vigilância a respeito da qualidade dela, “além de estabelecer as condições para que ela funcione, pensar no processo e em como está sendo implementada”, para que tenha êxito.

    “A cota é um fortalecimento da luta contra o racismo”, definiu.

    Na avaliação do professor, ela “serviu também para estimular a juventude negra”, que é a mais afetada em todos os indicadores de mapas da violência, desemprego e educação.

    Nelson afirmou que a lei ataca a questão do racismo estrutural: “A gente sabe que ele existe, essa política serve como estímulo para tentar romper essa estrutura e estimular as universidades que a questão existe, estamos falando do acesso da população, quando passa a ser significativa, estimula no sentido de repensar seus currículos, que são eurocêntricos”.

    “As cotas viabilizam o acesso de um número mais expressivo de pessoas negras, mas estabelece provocações necessárias para a universidade”, completou.

    Com produção de Talita Amaral e Letícia Vidica