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    Policial e advogado apontados como informantes da milícia de Zinho são presos no Rio

    Criminosos faziam consultas sobre milicianos no banco de dados da Polícia Civil do Rio de Janeiro

    Carolina FigueiredoBruno Laforéda CNN

    Uma operação da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco) e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) prendeu, na manhã desta terça-feira (7), um advogado e um policial civil apontados como informantes da milícia de Zinho.

    O advogado foi preso em Jacarepaguá, na zona oeste da capital, e o policial civil foi localizado na Tijuca, bairro da zona norte.

    A ação foi chamada de Operação Leaks. Além dos dois mandados de prisão, estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados. Todos foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital.

    De acordo com a força-tarefa, o policial civil extraía informações sigilosas do banco de dados da Polícia Civil do estado e repassava ao advogado. As informações obtidas eram relacionadas aos milicianos que integram o grupo chefiado por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, presos desde dezembro do ano passado. Tais crimes teriam sido praticados entre setembro de 2020 e julho de 2022.

    Ainda segundo as investigações, criminosos teriam feito, pelo menos, 19 consultas a nome de milicianos no sistema da polícia do Rio de Janeiro.

    Em nota, o MPRJ informou que “o GAECO denunciou o agente público e o advogado à Justiça por concorrerem ativamente para a manutenção da organização paramilitar autodenominada ‘Bonde do Zinho’ e violação de sigilo funcional”.

    Também em nota, a Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro (OABRJ) disse que foi notificada acerca da diligência na data de ontem (6), e a Comissão de Prerrogativas da mobilizou quatro delegados de prerrogativas com a finalidade de acompanhar o cumprimento das ordens judiciais, nos termos da Lei 8.906/94.

    “As prerrogativas da advocacia foram observadas e preservadas no decorrer da diligência. Não compete à OABRJ formular, neste momento, juízos sobre o mérito da investigação. Seguiremos acompanhando o caso, garantindo vigência plena ao princípio da presunção de inocência, bem como aos direitos profissionais da advocacia”, completa.

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