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    Policiais suspeitos de envolvimento na morte de jovem no RJ são presos

    Thiago Flausino, de 13 anos, foi alvejado durante operação na comunidade carioca

    Catarina Nestlehnerda CNN , em São Paulo

    Quatro policiais militares foram presos na quarta-feira (6) por envolvimento na morte do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos, durante uma operação policial na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

    Os agentes de segurança se apresentaram na 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) ter decretado a prisão preventiva. A decisão partiu da denúncia feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

    De acordo com denúncia, os policiais militares cometeram fraude, pois teriam implantado uma pistola e munição atribuídas à vítima após a morte da mesma.

    Segundo a Polícia Militar, os policiais foram indiciados pelo envolvimento após apuração feita pela Corregedoria.

    Foram presos Roni Cordeiro de Lima, Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria e Silvio Gomes dos Santos.

    A defesa de Aslan Wagner Ribeiro de Faria disse que “os policiais são inocentes” e “simplesmente cumpriram ordem do superior”.  “As imagens do local poderiam provar com total clareza a legitimidade da ação”, diz a nota, que também aponta que o fato de o adolescente “ser menor [de idade] não o impediria de tirar a vida dos PMs, como de tantos outros PMs que tombaram no cumprimento da missão”.

    A CNN tenta estabelecer contato com a defesa dos réus.

    Além disso, o TJ-RJ decretou que o outro denunciado, Diego Geraldo de Souza, seja afastado de suas funções na corporação. Segundo a ação do Ministério Público, ele se omitiu diante de vigiar os comandados e autorizou a atuação irregular com veículos e drones.

    A Promotoria de Justiça de Investigação Penal e a Delegacia de Homicídio continuam a investigação do homicídio de Thiago Flausino. O interrogatório dos réus está marcado para 28 de setembro.

    Entenda o caso

    Thiago Flausino estava na garupa de uma moto quando foi atingido por disparos durante uma operação policial na comunidade Cidade de Deus.

    Segundo a Polícia Militar, na época, as equipes do Batalhão de Choque realizavam um patrulhamento quando dois homens em uma moto teriam atirado contra a guarnição.

    Ainda de acordo com a nota da corporação, uma pistola teria sido apreendida no local da morte de Thiago. O MPRJ disse que testemunhas teriam relatado que a polícia teria plantado a arma.

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro então abriu investigação pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e o Ministério Público instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar as circunstâncias da morte dele.

    Veja também: Lula condena morte de jovem em operação policial no RJ

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