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    Polícia pretende ouvir familiares de bebê morto por sufocamento em Itapevi (SP)

    Delegado investiga como era o lar em que a criança vivia e quais eram os cuidados que os pais tinham com o menino; casal pode responder por homicídio duplamente qualificado

    Justiça decretou a prisão temporária por trinta dias de Aline Nascimento Santos e Gabriel de Sousa Hipólito, pais da criança
    Justiça decretou a prisão temporária por trinta dias de Aline Nascimento Santos e Gabriel de Sousa Hipólito, pais da criança Divulgação Polícia Civil de SP

    Isabelle SalemeGuilherme GamaMarcia Barrosda CNN

    em São Paulo

    A Polícia Civil pretende ouvir os familiares do bebê de três meses que morreu sufocado em Itapevi, na Grande São Paulo, no fim de semana. À CNN, o delegado Adair Marques Correa Junior explicou que o motivo é entender como era o lar em que a criança vivia e quais eram os cuidados que os pais tinham com o menino.

    No domingo (9), a Justiça decretou a prisão temporária por trinta dias de Aline Nascimento Santos e Gabriel de Sousa Hipólito, pais da criança. O casal, de 24 e 25 anos, é apontado pela polícia como suspeito da morte do próprio filho. Eles tiveram os celulares apreendidos para investigação.

    Durante um atendimento no Pronto Socorro Amador Bueno, a equipe médica desconfiou da versão dada pelos pais, que afirmaram que o bebê havia se engasgado com leite antes de morrer. O exame feito no Instituto Médico Legal (IML) apontou para sufocamento indireto das vias respiratórias, por obstrução extra-corpórea, ou seja, um sufocamento mecânico, possivelmente criminoso. Além disso, no relatório consta que não foi encontrado leite na traqueia, esôfago ou estômago da criança.

    A médica que atendeu o bebê relatou que o bebê tinha escoriações, hematomas em todo corpo e assaduras não tratadas.

    Após a prisão, segundo a polícia, os pais confessaram o crime. No depoimento, a mãe mudou a versão sobre o leite. Ela contou que enrolou a criança em um cobertor e a colocou de bruços em um carrinho com uma chupeta na boca.

    Segundo ela, a criança parou de chorar e, por isso, ela foi dormir, acordando somente por volta das 6h da manhã, quando seu marido a chamou, após perceber que o bebê não estava respirando. Aline, que tem um outro filho de dois anos, disse, ainda, que a gravidez do bebê era indesejada, que não amava o menino e que a criança “chorava demais”.

    Gabriel confirmou que a Aline não queria e não aceitava o filho e que ela tinha preferência pelo filho mais velho. O pai confessou que mentiu no hospital porque já respondia a um processo criminal.

    Agora, ambos podem responder por homicídio duplamente qualificado, pelo emprego de asfixia e por uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima.

    O corpo do bebê foi sepultado na tarde de domingo, no Memorial Parque Itapevi. A CNN busca contato com a defesa dos acusados.