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    Polícia prende integrante de milícia chefiada por Zinho no Rio de Janeiro

    A zona oeste carioca tem registrado frequentes episódios de violência envolvendo disputas entre grupos milicianos

    Motocicleta apreendida durante prisão de miliciano do grupo de Zinho, na zona oeste do Rio
    Motocicleta apreendida durante prisão de miliciano do grupo de Zinho, na zona oeste do Rio Polícia Civil do Rio de Janeiro

    Carolina Figueiredoda CNN

    Policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) do Rio de Janeiro prenderam, nesta terça-feira (23), um homem que atua na milícia da zona oeste da capital fluminense. Ele foi localizado na comunidade da Carobinha, em Campo Grande, na mesma região.

    De acordo com investigadores, o homem fazia parte da milícia chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso em dezembro de 2023 e líder da maior milícia do estado. As investigações apontam que ele está envolvido em uma coligação entre grupos de traficantes e milicianos, que se unem para a tomada de territórios rivais.

    Com o autor foram apreendidos uma pistola, munições, uma granada e uma moto roubada. De acodo com a polícia, ele foi encaminhado para o sistema penitenciário e está à disposição da Justiça.

    A zona oeste do Rio têm registrado frequentes episódios de violência envolvendo disputas entre grupos milicianos. A prisão de Zinho, em dezembro, desencadeou uma nova disputa pelo poder na região.

    No último domingo (21), Sérgio Rodrigues da Costa Silva, o Sérgio Bomba, foi assassinado a tiros em um quiosque no Recreio dos Bandeirantes, também na zona oeste. Ele é apontado como chefe da milícia de Sepetiba, e a Polícia Civil investiga informações de que o miliciano Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito, tenha sido o mandante do assassinato.

    Pipito é apontado como membro da milícia de Zinho e teria ordenado, em outubro do ano passado, a queima de 35 ônibus e um trem na região da zona oeste. Os ataques ocorreram após a morte de Matheus da Silva Resende, o “Faustão” ou “Teteus”, de 24 anos, sobrinho de Zinho, durante uma operação policial. Faustão era apontado como o número dois na hierarquia da milícia de Zinho, e era investigado por pelo menos 20 mortes.

    Em dezembro, um dos homens que era apontado como possível sucessor de Zinho, Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit, foi morto na comunidade Três Pontes, em Paciência, na zona oeste do Rio de Janeiro. No ataque, o filho de nove anos do miliciano também foi morto.

    De acordo com o setor de Inteligência das polícias do Rio, a organização já se preparava, ainda no ano passado, para a ascensão de Pipito no comando da quadrilha. Após a morte de Faustão, ele ocupou o segundo lugar na hierarquia. No entanto, desde que Zinho se entregou na sede da Polícia Federal do Rio, na véspera de Natal, disputas foram iniciadas pelo posto de chefe da quadrilha.

    (Com informações de Rafaela Cascardo, da CNN no Rio de Janeiro)