Polícia pede mais 30 dias para concluir investigação sobre queda de rocha em MG
Desabamento de rocha sobre lanchas deixou dez mortos em Capitólio, no interior de Minas Gerais; acidente ocorreu em 8 de janeiro
A Polícia Civil de Minas Gerais pediu à Justiça mais 30 dias para concluir o inquérito que apura as causas da queda de uma rocha em um lago na cidade de Capitólio, cidade localizada a cerca de 280 quilômetros da capital Belo Horizonte.
No dia 8 de janeiro, por volta de 11h50, uma rocha desabou em um cânion e atingiu uma lancha que estava no lago de Furnas. Ao todo, dez pessoas morreram e 32 ficaram feridas. O local é um conhecido ponto turístico e, no momento do acidente, diversas embarcações estavam por lá.
Procurado pela CNN, o delegado Marcos Pimenta, responsável pelas investigações, afirmou que o pedido pela prorrogação do inquérito se dá pela “complexidade dos fatos e da necessidade de aguardar a conclusão dos laudos, bem como esmiuçar a vasta documentação”.
Pimenta disse ainda que, até o momento, o inquérito policial já conta com 50 oitivas, incluindo testemunhas, turistas, empreendedores e engenheiros. “Também estão presentes no inquérito solicitações de informações técnicas a diversos órgãos. Destaca-se ainda que um grupo de peritos da Polícia Civil de Minas Gerais esteve presente na região e realizou trabalhos técnicos, os quais encontram-se em fase de conclusão”, acrescentou o delegado.
Repercussão
A tragédia em Capitólio gerou grande repercussão, inclusive internacional. Imagens feitas por turistas que viralizaram nas redes sociais mostraram o momento em que a pedra desabou sobre as embarcações.
Dois dias depois do acidente, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que a região de Capitólio nunca havia sofrido nada parecido e que determinou uma análise técnica de geólogos e especialistas para determinar possíveis riscos futuros, bem como que cuidados adicionais serão exigidos.