Polícia ouvirá testemunhas de assassinato com brigadeirão envenenado nesta segunda-feira
Primeiros depoimentos devem acontecer no período da manhã; testemunhas devem ajudar a esclarecer como aconteceu a preparação para o crime
A 25ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, no Engenho Novo, deve receber três novas testemunhas nesta segunda-feira para avançar na investigação da morte de Luiz Marcelo Antônio Ormond, que teria sido envenenado por um brigadeirão feito pela então namorada, a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro tenta fechar o cerco para prender Júlia, que tem mandado de prisão em aberto contra ela e está foragida. Equipes saíram às ruas neste final de semana com o objetivo de tentar localizar a mulher, que é tida pelos investigadores como uma pessoa ‘fria’ e ‘perigosa’.
As testemunhas podem ajudar a polícia a descobrir o real motivo do assassinato do empresário. Os indícios recolhidos pela investigação até aqui apontam para uma tentativa por parte de Júlia de ganhar dinheiro com a suposta ‘herança’ de Luiz Marcelo, que tinha rendimentos vindos de imóveis e de um estacionamento.
Os policiais também querem saber até onde vai o envolvimento da cigana Suyany Breschak, que teria enriquecido com clientes de quem cobrava até R$3 mil por trabalhos como ‘amarração do amor’. A ela, segundo o depoimento da própria cigana, Júlia devia cerca de R$600 mil. Um carro do empresário levado por Júlia depois da morte teria sido usado como parte do pagamento.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Buss, ainda aguarda a autorização judicial para quebrar o sigilo bancário da cigana, da psicóloga e do empresário, na tentativa de entender se foram realizadas movimentações financeiras relacionadas com o crime. Isso poderia, inclusive, ajudar na análise do enriquecimento da cigana e eventualmente fornecer provas sobre outros crimes que possam ter sido cometidos por ela.