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    Polícia investiga turista britânico que alega ter sofrido “boa noite, Cinderela”

    Imagens obtidas durante a investigação mostram que o homem passou a noite em uma boate se divertindo sem efeitos de um possível golpe

    Cleber RodriguesRafaela Cascardoda CNN

    A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT) investiga um turista britânico por prestar uma falsa denúncia. O homem registrou boletim de ocorrência afirmando ter sofrido o golpe conhecido como “boa noite, Cinderela”. Ele ainda alegou que, devido ao suposto golpe, teria tido prejuízo de R$ 22 mil.

    No entanto, a investigação demonstrou que, na verdade, o crime não ocorreu. Policiais concluíram, após trabalhos de investigação, inteligência e cruzamento de dados, que no dia do suposto golpe, o turista estava em uma boate em Copacabana, na Zona Sul, onde permaneceu até cerca de sete da manhã.

    Segundo a polícia, o homem gastou o dinheiro com bebidas alcoólicas e dançarinas. Depois, tentou se hospedar em um hotel acompanhado de duas delas. A hospedagem só não foi possível porque a esposa do turista, que estava no apartamento onde o casal se hospedava, percebeu a movimentação atípica do cartão de crédito e efetuou o bloqueio bancário.

    As imagens obtidas pelos policiais mostram o britânico sem nenhum efeito de um possível golpe. Em outro trecho, ele aparece saindo do hotel, ainda acompanhado das duas mulheres, não tendo, portanto, ocorrido o golpe, segundo a polícia.

    Após o ocorrido, o homem chegou ao apartamento e contou para a esposa ter sido vítima do crime. Ele também fez a denúncia e teve a conta na boate, no valor de R$ 22 mil, estornada. Por isso, o homem responde por falsa comunicação de crime e estelionato.

    “Fomos investigar e tivemos a certeza de que, na verdade, essa fraude, essa subtração de R$ 22 mil que ele teria alegado foi mentira, uma vez que ele estava se divertindo. Ele gastou por livre e espontânea vontade em uma boate. Chegou 9h30 no seu apartamento e a esposa estava lá esperando, então ele teve que, provavelmente, inventar uma história par encobrir o seu problema. E veio numa delegacia de polícia cometer um crime de falsa comunicação, um crime grave de deixar a polícia numa posição de situação mentirosa”, afirmou a delegada responsável pelas investigações, Patrícia Alemany.

    Tripulantes britânicos

    Em novembro, a Deat revelou que outra comunicação de crime – feita por tripulantes britânicos de uma companhia aérea – também se tratava de mentira. Eles afirmavam terem sido vítimas de roubo e que estavam muito abalados, o que acabou prejudicando o embarque dos passageiros, que só ocorreu no dia seguinte ao previsto. A investigação, contudo, provou que eles passaram a noite se divertindo, consumindo bebidas alcoólicas e entorpecentes.

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