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    Polícia investiga mandante da morte dos executores de médicos em quiosque no Rio

    Chefe do Comando Vermelho teria ordenado morte de filho de miliciano fisicamente semelhante a uma das vítimas

    Isabelle Salemeda CNN

    A Delegacia de Homicídios da Capital precisa chegar ao nome do chefe do Comando Vermelho que mandou matar quatro executores dos médicos mortos em um quiosque da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, para concluir as investigações sobre o caso. A expectativa é isso aconteça nos próximos dias.

    Na madrugada do dia 5 de outubro do ano passado, quatro ortopedistas que participariam de um congresso internacional decidiram se encontrar na orla, bem em frente ao hotel em que estavam hospedados, para uma confraternização, quando foram baleados por criminosos que desceram, encapuzados, de um veículo branco.

    Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, Perseu Ribeiro Almeida, de 33, e Diego Ralf de Souza Bomfim, de 35, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) morreram na hora. Apenas Daniel Proença, de 32, conseguiu sobreviver ao ataque.

    De acordo com as investigações, o crime aconteceu por engano. Os bandidos teriam confundido Perseu com um filho de um miliciano, por conta da semelhança física.

    A execução encomendada seria a de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, um dos principais chefes da milícia que atua na zona oeste da capital fluminense. Os dois formam presos em uma ação da Polícia Federal.

    Um dia depois do ataque aos ortopedistas, que colocou um ainda maior na holofote na violência no Rio de Janeiro, a Polícia Civil encontrou dois veículos na zona oeste com os corpos de quatro executores dos médicos. Um deles seria do traficante Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, que teria migrado da milícia para o Comando Vermelho após a entrada do tráfico. Os investigadores acreditam que ele teria sido o autor da ordem do ataque contra os médicos.

    Nos seis meses de investigações, a Delegacia de Homicídios ainda descobriu que um quinto criminoso envolvido no caso morreu cerca de um mês e meio depois, durante um assalto. Todos teriam sido assassinados por ordem da facção criminosa.

    “Nunca sai da minha cabeça a lembrança de abrir o celular e ver a foto do meu irmão. Uma dor absurda, impossível, insustentável. Por que? Executado… meu irmão? Seis meses depois, não sabemos nada mais sobre o caso. Nada. Nenhuma revelação, nenhuma pista, prova… Vocês devem ter visto na TV no dia seguinte: caso encerrado. Para quem?”, questionou a deputada Sâmia Bomfim, pelas redes sociais. “O luto é uma dor que não passa, um buraco que nunca se fecha. Você convive. A vida segue, mas a perda, a saudade e a dor continuam”, escreveu ela.

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