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    Polícia investiga denúncia de racismo em show de Alok em Minas Gerais

    Vítima de 26 anos foi agredida e expulsa do local sem justificativas

    Assessoria do DJ Alok disse que repudia todo tipo de agressão ou práticas criminosas
    Assessoria do DJ Alok disse que repudia todo tipo de agressão ou práticas criminosas Wagner Meier/Getty Images

    Daniela MallmannLuiz Cisida CNN

    em Belo Horizonte e em São Paulo

    A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando um possível caso de racismo que aconteceu no show do DJ Alok na cidade de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, no sábado (27). Segundo a polícia, os envolvidos devem ser ouvidos nos próximos dias.

    A vítima Salatiel Meneses, de 26 anos, registrou um boletim de ocorrência no domingo (28), relatando ter sido agredido pelos seguranças e posteriormente expulso do evento. O boletim de ocorrência foi registrado como agressões e vias de fato, e não como racismo.

    Segundo a Polícia Militar, não foi constatada nenhuma queixa sobre o tom de pele (injúria racial ou racismo).

    No entanto, Salatiel afirmou que ganhou o ingresso do evento por meio de um sorteio e que foi acompanhado de mais dois amigos brancos. Ele contou que estava dançando com os amigos quando os seguranças se aproximaram e solicitaram que apenas ele os acompanhasse até outro espaço.

    Foi neste local que começaram as agressões, segundo ele, sem nenhuma justificativa. Ele ainda contou que o local ao qual foi levado era um espaço onde só pessoas negras eram agredidas.

    A produção de evento e a casa onde aconteceu o show se manifestaram por meio de nota, alegando que tomaram conhecimento do ocorrido pela mídia e, imediatamente, reuniram a equipe de produção para as devidas apurações.

    “É inadmissível que qualquer pessoa seja tratada da maneira que foi noticiada. Neste momento, a casa de shows aguarda a elucidação dos fatos pelas autoridades policiais. A empresa está empenhada em buscar a verdade dos fatos. A casa shows Star415 não compactua com nenhum tipo de preconceito e discriminação.”

    A empresa também disse que: “Repudia qualquer tipo de agressão e práticas criminosas e informa que se coloca à disposição das autoridades para contribuir no que for necessário e disponibiliza a sua estrutura jurídica ao Salatiel para que possa acompanhá-lo e orientá-lo.”

    A assessoria do DJ Alok disse que repudia todo tipo de agressão ou práticas criminosas e está empenhada em buscar a verdade para que os responsáveis respondam pelos atos.

    “Solicitamos às autoridades policiais todo o empenho para a elucidação dos fatos e deixamos à disposição do Salatiel toda nossa estrutura jurídica para acompanhá-lo.”

    Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, foi instaurado um procedimento investigativo e as atividades de polícia judiciária vêm sendo realizadas a fim de apurar a motivação e as circunstâncias que envolveram o crime.

    Nos próximos dias, os envolvidos serão ouvidos para prestar esclarecimentos. A investigação tramita a cargo da 3ª Delegacia de Polícia Civil em Nova Lima.