Polícia investiga assassinato de líder indígena na Bahia; cacique foi baleado por três homens
Segundo testemunhas, o cacique foi alvejado por três homens encapuzados que cercaram sua motocicleta
![Cacique Lucas Santos de Oliveira, líder indígena da aldeia Pataxó Hã-Hã-Hãe do Rio Pardo, foi assassinado na Bahia Cacique Lucas Santos de Oliveira, líder indígena da aldeia Pataxó Hã-Hã-Hãe do Rio Pardo, foi assassinado na Bahia](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/12/Lucas-Santos-de-Oliveira-de-31-anos-era-cacique-da-aldeia-Pataxo-Ha-Ha-Hae-do-Rio-Pardo.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
Um líder indígena foi assassinado a tiros na tarde de quinta-feira (21), na estrada de Pau Brasil, no município de Itajú do Colônia, localizado no sul da Bahia.
A vítima, identificada como Lucas Santos de Oliveira, de 31 anos, era cacique da aldeia Pataxó Hã-Hã-Hãe do Rio Pardo, no município de Itajú do Colônia.
De acordo com a Polícia Militar da Bahia, Lucas foi atingido por diversos disparos de arma de fogo e, segundo testemunhas, o cacique foi alvejado por três homens encapuzados que cercaram sua motocicleta. Ele levava seu filho na garupa e foi encontrado caído na rua, já sem vida.
O assassinato de Lucas Kariri-Sapuyá foi condenado por entidades indígenas e organizações de direitos humanos.
O Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba) lamentou o ocorrido nas redes sociais. “Cacique Lucas, membro essencial de nossa comunidade, dedicou toda sua vida ao movimento indígena, deixando um marcante legado de liderança. Exigimos, com veemência, que a justiça seja feita!”, diz a publicação.
A Rede Sustentabilidade, partido ao qual o ativista era filiado, também se pronunciou nas redes sociais sobre o caso. “Moção de Repúdio: exigimos apuração do assassinato do cacique Lucas”, exclamou via Instagram.
A Rede concluiu sua manifestação afirmando que a morte do Cacique Lucas é mais um atentado contra liderança de direitos humanos e de povos e comunidades tradicionais na Bahia.
A Polícia Civil esclareceu que o local do crime foi isolado para a realização da perícia e que testemunhas serão ouvidas ao longo da investigação, que segue em andamento.
*Sob supervisão de Bruno Laforé