Polícia indicia 13 pessoas por morte de estudante eletrocutado em festival no Rio
João Vinicius Ferreira Simões morreu no festival "I Wanna Be Tour", em março deste ano
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) indiciou 13 pessoas por envolvimento na morte do jovem João Vinicius Ferreira Simões, de 25 anos, que morreu eletrocutado no festival “I Wanna Be Tour”, na madrugada de 10 de março deste ano.
De acordo com o inquérito, concluído pela 32ª DP (Taquara), a morte se deu por eletroplessão, que se trata da exposição do corpo, de forma acidental, a uma carga letal ou não de energia elétrica.
Entre os indiciados, nove respondem pelo crime de dolo eventual e homicídio doloso, quando há a intenção de matar, enquanto outros quatro respondem por fraude processual. Supervisores do festival, coordenadores, eletricistas, engenheiros, responsáveis técnicos, proprietários e gestores estão entre os envolvidos.
Nas investigações, foram analisados laudos periciais e imagens de câmeras de seguranças. Diversas instalações elétricas do Riocentro, onde aconteceu o evento, não estavam coerentes com as normas técnicas.
Após a morte de João Vinicius, o local do ocorrido foi desfeito, o que resultou no crime de fraude processual e dificultou nas investigações.
Em nota, a assessoria de imprensa do Riocentro disse que “recebeu com perplexidade a informação, pela mídia, de que colaboradores da concessionária foram indiciados pela Polícia Civil”. A empresa ressaltou que tem colaborado com as autoridades durante a investigação.
“O centro de convenções ainda não foi formalmente notificado e, logo que o for, irá comprovar que não teve qualquer participação na montagem, desmontagem ou realização do Festival I Wanna Be Tour”, diz o comunicado, que responsabiliza a organizadora do evento pela segurança, distribuição elétrica e demais serviços durante o festival.
Relembre o caso
O estudante João Vinícius Ferreira Simões, de 25 anos, morreu após ser eletrocutado durante o festival “I Wanna Be Tour”, na madrugada de 10 de março.
Testemunhas que estavam no local alegam que a descarga elétrica aconteceu quando o jovem encostou em um food truck da praça de alimentação do evento. No IML, informaram à mãe do rapaz, Roberta Ferreira, que o ele tinha a marca de um condutor elétrico nas costas, que confirmaria o contato.