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    Polícia Federal faz operação contra desembargadores do TRT no Rio

    Nomes investigados teriam ligação com o governador afastado do estado, Wilson Witzel (PSC)

    Isabelle Saleme e Thayana Araújo, da CNN, no Rio de Janeiro

    O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) realizam na manhã desta terça-feira (2) uma operação contra agentes públicos e privados investigados por participação em uma organização criminosa com atuação no governo estadual do Rio de Janeiro. Entre os alvos estão desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e advogados ligados ao governador afastado, Wilson Witzel (PSC).

    Segundo o MPF, são 11 mandados de prisão preventiva e 26 de busca e apreensão, determinados pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi.

    A investigação apura o pagamento de vantagens indevidas a magistrados que, em contrapartida, teriam beneficiado integrantes do esquema criminoso.

    Pelo menos 20 equipes, com 100 policiais federais, se dividiram em diversos endereços. Parte dos agentes vieram de Brasília para a operação. Os policiais e representantes do MPF cumpriam os mandados em endereços na zona norte da cidade e também na zona sul, além da sede do Tribunal Regional do Trabalho.

     

    Viatura da Polícia Federal
    Polícia Federal deflagrou operação contra desmembradores do TRT no Rio na manhã desta terça-feira (2)
    Foto: CNN Brasil

    Segundo o Ministério Público Federal, as investigações apuram o pagamento de vantagens indevidas a magistrados que, em contrapartida, teriam beneficiado integrantes do esquema criminoso.

    Os desembargadores agilizariam processos trabalhistas e davam decisões favoráveis a empresas de transporte e organizações sociais com dívidas trabalhistas, que faziam parte do suposto esquema de corrupção do governo Wilson Witzel.

    Segundo a Polícia Federal, em acordo de colaboração premiada, um ex-integrante do governo do Estado do Rio de Janeiro informou sobre a participação dos magistrados no esquema.

    As investigações mostraram que as empresas ligadas ao esquema foram incluídas no Plano Especial de Execução da Justiça do Trabalho (Plano Especial de Pagamento Trabalhista). Estão sendo apurados os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

    Desde o ano passado, a PGR já apresentou ao STJ três denúncias contra Wilson Witzel, afastado do cargo de governados em agosto, a esposa dele, Helena Witzel, e outros envolvidos, como o ex-secretário estadual de saúde Edmar Santos, que delatou o esquema de corrupção. Os desvios vieram à tona depois das denúncias de desvios de recursos públicos destinados ao enfrentamento da pandemia da Covid-19.

    Nota

    A defesa de Witzel negou qualquer ligação com a operação: O governador afastado não tem relação com a operação de hoje e não irá se pronunciar.

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