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    Polícia encerra perícia de acidente com ultraleve que matou aluna do Exército

    À CNN, o delegado responsável informou que a perícia foi finalizada ainda nesta segunda-feira (11) e os resultados devem sair em breve. O prazo oficial é de até 30 dias.

    Giovanna Bronzeda CNN , em São Paulo

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro encerrou a perícia na área do acidente com uma aeronave ultraleve que resultou na morte de Caroline Kethlim de Almeida Ribeiro, de 22 anos, em Nova Iguaçu. Ela foi atingida pela aeronave dentro de um aeroclube no último sábado (09).

    À CNN, o delegado responsável informou que a perícia foi finalizada ainda nesta segunda-feira (11) e os resultados devem sair em breve. O prazo oficial é de até 30 dias.

    De acordo com a Aeronáutica, integrantes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) foram acionados para verificar o local do acidente. A equipe deve realizar a coleta e confirmação de dados, além de outras informações necessárias para a investigação.

    Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o clube não é uma entidade certificada para oferecer cursos de formação de pilotos e não estava cadastrado na agência.

    Sobre o caso

    Em um aeroclube em Nova Iguaçu, Caroline Kethlim estava fazendo uma caminhada quando foi atingida na cabeça por um ultraleve motorizado que perdeu o controle enquanto dava voltas.

    Caroline então foi encaminhada para o Hospital Geral de Nova Iguaçu. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde da cidade, ela deu entrada no sábado (9) em estado gravíssimo, mas já no domingo (10) foi constatada a morte cerebral da jovem.

    Segundo um familiar ouvido pela CNN, Caroline estava passando o feriado no Rio de Janeiro.

    Doação de órgãos

    Os pais de Caroline autorizaram a doação de órgãos dela. Roberta Carvalho, médica coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, falou sobre o ocorrido em vídeos divulgados pela Prefeitura de Nova Iguaçu.

    “O caso dela foi muito emblemático porque ela era extremamente jovem”, disse. “Ela estava começando a vida profissional, estava realizando um sonho porque a família e os comandantes dela falaram que o sonho da vida dela era conseguir entrar na vida militar e ela havia conseguido.”

    Depois do ocorrido, a família informou a família que Caroline já havia manifestado em vídeo que, se fosse possível, ela gostaria de ser doadora de órgãos, pois queria ajudar outras pessoas.

    “A família, quando optou pela doação, falou que ela era extremamente altruísta”, informou a médica.

    “A família sempre deixou bem claro o quanto isso era importante para ela, que o desejo da vida dela era exatamente poder rodar o Brasil inteiro fazendo o bem para pessoas mais carentes. Então eles entendiam que esse ato da doação seria o símbolo principal do que ela queria: passar a vida dela ajudando os outros. Então o último ato dela seria ajudar os próximos.”

    A doação foi realizada na manhã de ontem (11), no Hospital Geral de Nova Iguaçu. Segundo a equipe médica, foi possível a captação de dois rins e um fígado.

    “Foi uma fatalidade. Ela estava praticando uma atividade física quando sofreu um trauma. Foi uma coisa muito súbita e impactou todo mundo na unidade”, completou Carvalho.

    *Com informações de Vital Neto e Dayres Vitoria

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