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    Polícia é responsável por 69% das chacinas ocorridas na Grande Salvador, diz instituto

    Segundo relatório do instituto Fogo Cruzado, ocorrências deixaram 136 mortos na região metropolitana de Salvador em 2023

    Policial militar em Salvador, na Bahia.
    Policial militar em Salvador, na Bahia. Divulgação/Polícia Militar

    Carolina Figueiredoda CNN

    Em São Paulo

    As polícias Civil e Militar da Bahia foram responsáveis por 69% das 48 chacinas registradas na região metropolitana de Salvador em 2023, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Instituto Fogo Cruzado. Pesquisadores alertam que o estado tem uma das polícias mais violentas do Brasil.

    De acordo com os dados, presentes no relatório anual de violência do instituto, dos 1.413 mortos durante tiroteios, 190 foram vitimados nas 48 chacinas que ocorreram em Salvador e região metropolitana em 2023, sendo que 69% dessas ocorrências, ou 33, foram durante ações ou operações policiais, deixando 136 civis mortos — o que representa 72% dos mortos em chacinas em 2023.

    São consideradas chacinas todos os episódios em que três ou mais pessoas são mortas.

    Os números mostram ainda que 37% dos 1.804 tiroteios mapeados ao longo do ano aconteceram durante ações e operações policiais. Entre os 1.783 baleados, 639 foram atingidos em ações e operações policiais, indicando que 36% dos baleados foram atingidos nestas circunstâncias.

    Os pesquisadores alertam para um episódio em que, em cinco dias, entre 28 de julho e 1º de agosto, 19 pessoas foram mortas durante ações e operações policiais. Os tiroteios ocorreram nos municípios de Salvador, Itatim e Camaçari.

    No dia 28, sete homens foram mortos durante tiroteio em uma operação policial em Jauá, na cidade de Camaçari. No dia 30, seis homens e duas mulheres morreram em Itatim. No dia 31, quatro pessoas foram mortas na região de Jaguarari, em Salvador.

    Em nota à CNN, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) afirmou que as mortes violentas apresentaram redução de 6% na Bahia, na comparação com o ano de 2022, e o número absoluto de assassinatos foi o menor dos últimos sete anos.

    “A SSP informa ainda que o reforço no combate ao crime organizado resultou na apreensão recorde de 54 fuzis (maior da história) e de 6.006 armas de fogo”, completa.