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    Polícia descobre golpe que simulou 12 acidentes e destruiu 25 veículos para receber R$ 2 milhões de seguradoras

    Organização criminosa atuava no Distrito Federal e contava com a participação de um ex-policial militar, que está licenciado do cargo por emitir 150 cheques sem fundo

    Lucas SchroederGabriele Kogada CNN , em São Paulo

    A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta segunda-feira (18), seis membros de uma organização criminosa acusada de simular acidentes automobilísticos para receber indenização de seguradoras.

    Desde 2015, a organização simulou 12 acidentes, destruiu 25 veículos e recebeu cerca de R$ 2 milhões em indenizações. De acordo com a polícia, os acidentes forjados ocorreram nas cidades de Brazlândia, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Vicentes Pires e Brasília.

    Os acidentes envolveram ainda veículos de marcas de luxo como Porsche, BMW, Audi, Volvo e Mercedes-Benz.

    Conforme detalhou a polícia, a organização atuava da seguinte maneira:

    • Membros adquiriam veículos importados usados de difícil comercialização, alguns avariados;
    • Após serem consertados, os veículos eram segurados, com valor de indenização correspondente a 100% da tabela Fipe, muito superior ao valor de aquisição e conserto dos carros;
    • Para driblar o mercado segurador e dificultar a descoberta de vínculos criminosos, os investigados revezavam-se na condição de proprietário, contratante do seguro, condutor, terceiro envolvido no acidente e recebedor da indenização, às vezes via procuração;
    • Igualmente para dificultar as investigações, os criminosos registravam as ocorrências dos acidentes na Delegacia Eletrônica, afastando questionamentos da polícia judiciária sobre o sinistro;
    • Por fim, operava-se o recebimento da indenização do seguro, baseada na tabela Fipe.

    Entre os alvos da operação está um ex-policial militar da PM do DF, que está licenciado da corporação por emitir 150 cheques sem fundo.

    Os investigados, que não tiveram os nomes divulgados, podem receber penas entre três e oito anos de reclusão.

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