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    RJ: Polícia cumpre 103 mandados em operação contra milícia da Baixada Fluminense

    Entre os chefes do grupo estão um policial militar e um ex-PM que está preso

    Paula Martini e Thayana Araújo, , da CNN, no Rio de Janeiro

    A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram nesta quinta-feira (27) a Operação Consagrado, com objetivo de cumprir 32 mandados de prisão preventiva e 71 de busca e apreensão contra uma milícia que atua na Baixada Fluminense.

    Cerca de 400 policiais deixaram a Cidade da Polícia, na Zona Norte do RJ, pouco antes de 6h em direção a vários endereços. Até o momento, 13 pessoas foram presas, sendo uma delas PM, segundo a corporação.

    A milícia é formada por ex-policiais militares. PMs que atuam na região também foram denunciados por suspeita de pagamentos para não coibir a atividade criminosa do grupo.

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    Policiais levam suspeito para delegacia
    Agentes cumprem 32 mandados de prisão preventiva contra milícia que atua na Baixada Fluminense
    Foto: Divulgação – 27.ago.2020 / Polícia Civil do RJ

    Segundo o MPRJ, a denúncia contra a quadrilha aponta como lideranças do grupo Vladimir Guimarães Ferreira, o ex-policial militar Luiz Fernando Cardoso de Loiola (Nandinho) e Luiz Carlos Pereira dos Santos Cruz (Nem Corolla). 

    Investigações

    As investigações começaram em agosto de 2019, após um duplo homicídio em Austin, em Nova Iguaçu.

    Ao longo das diligências, a polícia verificou a existência de uma organização criminosa estruturada, que visa obter vantagem financeira, domínio do território e imposição de força, mediante a prática de crimes graves, como homicídios, roubos, extorsões, estelionatos e porte ilegal de arma de fogo.

    Também foi constatado que o grupo tem como principais atividades a exploração de sinal clandestino de TV e internet, cobrança de uma “taxa de segurança” e exploração dos pontos de mototáxi, além de monopolizar o fornecimento de água e cesta básica. Segundo a polícia, a disputa pelos pontos é o principal motivo de conflitos e mortes na região. 

    Policiais levam suspeito para delegacia
    Ao todo, cinco policiais militares foram indiciados, três deles por organização criminosa
    Foto: Divulgação – 27.ago.2020 / Polícia Civil do RJ

    O MPRJ informou que “também ficou comprovado que a organização criminosa realizava o pagamento de propina a policiais militares lotados no DPO de Austin, regularmente, para que esses deixassem de repreender as ações delituosas do grupo”.

    A investigação apurou que dentre os agentes que recebiam essa propina estão os policiais militares agora denunciados Julio Cesar de Oliveira Silva e Eduardo Oliveira dos Santos (Dudu). Os dois também foram denunciados por organização criminosa e corrupção passiva. 

    O inquérito apontou ainda indícios de uma aliança entre a milícia e uma facção do tráfico de drogas, formando, de acordo com a polícia, uma narcomilícia.

    Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada de Crime Organizado e pela Auditoria Militar.

    Ação é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). 

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