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    PM investiga policial que deu “mata-leão” em pipoqueiro em SP; veja vídeo

    Golpe é proibido desde 2020. A Polícia Militar instaurou uma investigação para analisar as imagens das câmeras corporais dos policiais

    Guilherme Gamada CNN

    São Paulo

    Na tarde desta terça-feira (4), policiais militares realizaram uma abordagem com “mata-leão” a um homem, de 42 anos, que relatou não ter autorização da Prefeitura para trabalhar como ambulante. Ele vendia pipocas no momento da ação policial. Após o ocorrido, os agentes são alvos de uma investigação preliminar da corporação.

    O golpe é proibido de ser usado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo desde 2020. Imagens compartilhadas nas redes sociais registram o momento em que o pipoqueiro é imobilizado. Veja o vídeo abaixo.

    Nos vídeos feitos por pessoas que presenciaram a abordagem é possível ver o homem contraindo o corpo após o enforcamento. “Agonizando aqui, olha o que ele fez!”, grita uma pessoa enquanto filma. Após derrubar o homem, o policial militar pressiona o quadril do vendedor com um joelho e segura seu braço.

    O “mata-leão” foi aplicado por um dos agentes com auxílio de outro policial, que segurava um dos braços do pipoqueiro. Para afastar os moradores que se comovem com a ação, um dos agentes espirra spray de pimenta.

    Foi registrado um boletim de ocorrência no 30° Distrito Policial (Tatuapé), como resistência, desobediência, ameaça e lesão corporal contra o vendedor, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP). As circunstâncias do ocorrido são apuradas pelas polícias Civil e Militar.

    O órgão informa que os envolvidos foram orientados quanto ao prazo para representação criminal. A Polícia Militar instaurou uma investigação preliminar, que analisará além das imagens da ação, as presentes nas câmeras corporais dos policiais.

    A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo informou que abriu um procedimento para apurar o caso e encaminhou os vídeos à Corregedoria da PM, o órgão técnico que faz a apuração de casos como este. A ouvidoria aponta duas irregularidades: ‘mata-leão’ e a aplicação de spray de pimenta, pelo segundo agente, na população que procurava gravar a cena.

    “Confiamos na apuração rigorosa do órgão correcional e acompanharemos os desdobramentos do caso até sua conclusão final, pois procedimentos que ferem as práticas da corporação e a dignidade humana precisam ser condenados, inclusive em favor da maioria da força policial, que faz seu trabalho com profissionalismo e respeito à população de nosso estado”, afirma em nota.

    Em 2020, a Prefeitura de São Paulo proibiu as técnicas de estrangulamento por agentes da Guarda Civil Metropolitana da cidade. A CNN solicitou nota à prefeitura e não obteve retorno.

    Veja as gravações feitas por testemunhas: