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    Pista central da Marginal Tietê, em São Paulo, pode ser liberada até dia 11

    Prazo pode ser encurtado se não for necessário colocar estacas durante as obras

    Tiago TortellaCarolina Figueiredoda CNN em São Paulo

    O secretário de Transportes Metropolitanos do estado de São Paulo, Paulo Galli, afirmou, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (2), que a pista central da Marginal Tietê no trecho que desabou na terça-feira (1°), pode ser liberada até dia 11 de fevereiro.

    “Na reunião, a construtora trouxe como soluções dois cenários: prevendo a colocação de estacas para contenção da pista da Marginal, o que ficaria pronto no dia 11 para tráfego normal. Hoje, eles vão posicionar se precisará desse estacamento. Se não precisar, em dois ou três dias estaria pronto”, afirmou.

    O secretário também anunciou que foi constituído um Comitê Executivo, formado por STM (Metrô e CPTM), Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, Sabesp, Cetesb, EMAE, Prefeitura de São Paulo, CET, IPT e Secretaria dos Transportes Metropolitanos e Procuradoria Geral do Estado.

    De acordo com Benedito Braga, presidente da Sabesp, um coletor para escoamento dos túneis foi identificado. Assim, o esgoto neste trecho específico não afetará o Rio Tietê.

    Também foi informado que a Sabesp retomou a operação do sistema de esgotamento antigo que atendia a região, transferindo todo o esgoto que era transportado para o ITI-71 para o ITi-1. Segundo o governo, dessa forma, todo o esgoto continuará sendo enviado normalmente para tratamento na ETE Barueri.

    Estão sendo implantadas bombas em locais estratégicos para fazer a transferência.

    André Angelo, presidente da Acciona no Brasil, empresa que comanda as obras da linha 6-Laranja, disse que apenas no ponto da Marginal Tietê há 100 pessoas trabalhando.

    Angelo acrescentou que o restante das obras da linha do metrô continuam normalmente.

    De acordo com o governador João Doria, a Defesa Civil Municipal concluiu que não há risco para moradores da região e que todos os custos da recuperação serão assumidos pela Acciona.

    Doria também informou que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foi contratado para apurar os fatos e responsabilidades sobre o acidente.

    Durante a coletiva, também foi informado que as causas do rompimento do canal de esgoto ainda são estudadas, mas não houve ruptura de nenhuma estrutura da obra. Segundo a Acciona, 120 pessoas trabalhavam no local na hora do acidente e foram retiradas em segurança.

    Um técnico da Acciona também informou o plano de obras. Será feito o aterro do poço para impedir perda de solo; interrupção do fluxo do interceptor; preenchimento da cavidade com argamassa e a aplicação de barreiras de estacas para contenção da cavidade.

    “Colocamos mais de 50 caminhões, 30 betoneiras e 6 bombas para fazer o preenchimento. Começou na tarde de ontem e segue hoje, com 24h de trabalho. Até a manhã de hoje a gente já tem mais de 3 mil metros cúbicos de rocha lançados dentro da cratera”, afirmou o técnico.

    Ele também informou que a tuneladora estava escavando e estava a aproximadamente dois metros da saída do poço. “Às 8h fizemos uma leitura e estava tudo estável. Logo depois, 15 minutos depois, começou a ocorrer isso, e em pouco mais de 5 minutos o esgoto já estava adentrando o poço”, disse.

    Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, informou que cinco linhas de ônibus passam no local, transportando 40 mil pessoas diariamente.

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