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    PGR recorre contra compartilhamento de inquérito que investiga empresários

    Decisão de Alexandre de Moraes mandou que fossem compartilhadas informações do inquérito das milícias digitais com a investigação que mira empresários bolsonaristas

    Gabriel HirabahasiRodrigo Vasconcelosda CNN , em Brasília

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu, nesta sexta-feira (16), contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou que fossem compartilhadas informações do inquérito das milícias digitais com a investigação que mira empresários bolsonaristas.

    Para a PGR, a decisão de Moraes “não fundamentou as razões concretas e detalhadas que justificam o compartilhamento de elementos informativos” do inquérito das milícias digitais com a investigação contra os empresários.

    A PGR argumenta que não há “conexão” entre os dois casos, o que “por consequência, inviabiliza o pretendido compartilhamento de elementos de informação, sob o fundamento de carência de fundadas razões e de pertinência temática”.

    Caso Moraes rejeite o recurso, a PGR pede que o caso seja submetido ao plenário da Corte.

    Na última sexta-feira (9), Moraes determinou que as informações do inquérito fossem compartilhadas com a ação contra os empresários bolsonaristas que, em um grupo privado de WhatsApp, demonstraram preferência por um golpe de Estado à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Com isso, a investigação contra os empresários aberta pelo STF após a divulgação da suposta troca de mensagens contará com mais dados obtidos no inquérito dos atos antidemocráticos. Esta última apuração iniciou-se em 2021.

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