PF realiza operação contra facção envolvida com tráfico de drogas no Ceará
Ação policial tem o objetivo de desmantelar um esquema criminoso de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas e outros crimes, e envolve a liderança de uma facção com movimentação ilegal milionária
A Polícia Federal realiza, na manhã desta sexta-feira (12), uma operação com 60 agentes para cumprir nove mandados de busca e apreensão, seis de prisão temporária e mais o sequestro de bens e valores expedidos pela Justiça Federal nos estados do Ceará, São Paulo e Alagoas.
A operação “Espelho Branco 2” tem o objetivo de desmantelar um esquema criminoso de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas e outros crimes, e envolve a liderança de uma facção com movimentação ilegal milionária no Ceará.
Além disso, a ação busca também apreender documentos e mídias para instruir o inquérito policial com objetivo de individualizar a atuação dos suspeitos, a participação de terceiros e de supostos laranjas.
Os policiais ainda querem realizar um levantamento total de apreensão de valores e patrimônio ilícito movimentado com o lucro de crimes anteriores.
De acordo com a PF, as investigações nesta segunda fase da operação apontaram indícios de atuação da organização no Ceará, com dissimulação de bens para movimentar recursos ilícitos, e integração no mercado formal usando dinheiro oriundo do tráfico de drogas e outros crimes.
A PF identificou uma teia criminosa que ocultava a origem ilegal de dinheiro através de transações comerciais com valores expressivos, entrelaçamento e confusão nos negócios, uso de documentos falsos e laranjas, reuniões em hotéis e condomínios de luxo e investimentos em empresas suspeitas, cujos suspeitos ostentavam riqueza incompatível com qualquer atividade lícita.
A primeira fase da operação ocorreu em novembro do ano passado, com a prisão de um chefe da facção e buscas em três mansões num condomínio de luxo nas cidades cearenses de Fortaleza e Eusébio.
Um dos imóveis custou cerca de R$ 3,6 milhões. A Justiça determinou também o bloqueio de dinheiro nas contas dos suspeitos, sequestros de imóveis em valores que superam R$ 5 milhões e carros com valores acima de R$ 2 milhões.
Os envolvidos podem responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas, com penas chegam a 40 anos de prisão.
O nome da operação “Espelho Branco” faz referência às identificações falsas usadas pelos envolvidos.