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    PF indicia 17 pessoas por assalto de R$ 30 milhões a aeroporto de Caxias do Sul

    Investigação aponta que criminosos de facções de SP foram ao RS com quatro etapas do plano de roubo

    Elijonas Maiada CNN

    A Polícia Federal (PF) concluiu a investigação que apurou o assalto à aeronave pagadora no Aeroporto Hugo Cantergiani, ocorrido em 19 de junho, em Caxias do Sul (RS) e indiciou 17 pessoas pela participação no crime.

    A apuração indica que criminosos de facções criminosas de São Paulo chegaram ao Rio Grande do Sul dias antes do episódio e contaram com o apoio de faccionados do estado para a execução de quatro etapas de atuação: planejamento, execução, fuga e exfiltração.

    O plano, de acordo com a PF, era o roubo de R$ 30 milhões ao grupo, mas com a interceptação metade foi levada.

    A ação passou pelo custeio e transporte de fuzis, pistolas, armas de guerra, munições, explosivos, “jammers”, “miguelitos”, aparelhos telefônicos, chips, radiocomunicadores, roupas táticas, coldres, bandoleiras, veículos, placas falsas, plotagem de carros, hospedagens e esconderijos.

    Os crimes apontados são: latrocínio, falsificação de símbolo, explosão, falsificação de identidade, adulteração veicular, usurpação de função pública, posse de arma de uso restrito, lavagem de dinheiro, organização criminosa com arma de fogo e embaraço à investigação de organização criminosa.

    As penas máximas para os crimes indicados, se somadas, chegam a 97 anos de prisão. Praticamente todos os indiciados já responderam por crimes dessa natureza, aponta a PF.

    Em 70 dias de investigação, a Polícia Federal, com apoio da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e da Polícia Rodoviária Federal, prendeu 12 suspeitos e apreendeu 26 veículos. A PF ainda pediu à Justiça Federal o bloqueio de 19 contas bancárias e quatro imóveis.

    Durante cumprimento de mandados judiciais no decorrer da investigação, dois indivíduos suspeitos de envolvimento no assalto foram mortos em confronto com policiais no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

    A operação recebeu o nome de Elísios, em homenagem ao sargento da Polícia Militar do Rio Grande do Sul que morreu durante o assalto ao aeroporto. “Campos Elísios” é uma referência da mitologia grega do lugar onde os homens virtuosos repousam de forma digna após a morte.

    Relembre

    O crime ocorreu na noite de 19 de junho deste ano. Assaltantes armados com fuzis e disfarçados de policiais federais entraram no aeroporto e atacaram um carro-forte.

    A polícia afirma que, depois da troca de tiros, os criminosos fugiram para uma zona de matagal próxima ao terminal. Eles teriam conseguido fugir com parte do dinheiro. O valor não foi divulgado.

    Além do policial, um assaltante também foi morto no confronto.

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