PF faz operação para prender envolvidos em homicídios em terras indígenas
Policiais também apuram outros delitos praticados, como tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e incêndio criminoso
![Policiais em operação nesta quinta. Policiais em operação nesta quinta.](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/12/WhatsApp-Image-2021-12-09-at-07.47.29.jpeg?w=1220&h=674&crop=1)
A Polícia Federal deflagrou operação, nesta quinta-feira (9), na Terra Indígena da Serrinha, no município de Ronda Alta, no Rio Grande do Sul.
O objetivo da ação é prender preventivamente nove pessoas acusadas pelas morte de dois indígenas ocorrido em outubro passado, e cumprir 16 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Passo Fundo/RS.
A PF apura ainda outros delitos praticados, como tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e incêndio criminoso.
Segundo as investigações, um grupo de cerca de 20 indígenas, que foram expulsos da comunidade, se reuniram para protestar contra a liderança de Serrinha.
Eles teriam sido cercados e surpreendidos por homens armados que apoiavam os caciques, e que atiraram contra os manifestantes atingindo mortalmente dois indígenas.
O restante conseguiu fugir, apesar de terem sido perseguidos.
Logo em seguida, os atiradores depredaram um local chamado de Recanto do Inácio, onde os opositores se reuniam, e atearam fogo em quatro carros das vítimas.
A PF está usando 300 policiais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, do 3º Batalhão de Polícia de Choque, do Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Planalto e do Comando Rodoviário da Brigada Militar, e do Corpo de Bombeiros Militar inclusive com paramédicos e de combate a incêndio caso seja necessário, e peritos de Brasília.
A Terra Indígena Serrinha tem uma população estimada de 3,5 mil índios, e possui histórico de vários confrontos violentos registrados nos últimos anos, e em 2017 um cacique foi emboscado e assassinado.
O nome da operação é Kãgtén, que na língua Kaingang significa “matar” ou “fazer matança”.
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Indígenas seguem em quarto dia seguido de protesto em frente ao Congresso Nacional em Brasília
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Manifestantes atearam fogo em um "caixão" feito de papelão, nesta sexta (27)
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O "caixão" tinha dizeres como "marco temporal, não", "fora garimpo", "fora grileiros"
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Fumaça preta podia ser vista de longe, atrás do Congresso Nacional
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Corpo de Bombeiros esteve no local e apagou as chamas; ninguém se feriu
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Sessão havia sido marcada para o último dia 25, mas foi adiada para dia 1.º de setembro
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Acampamento foi montando para acompanhar a votação do STF
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Mobilização com mais de 6 mil indígenas na Esplanada dos Ministérios
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Protesto dá a dimensão da importância do tema que será votado nesta quarta
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Nas mãos dos ministros está a decisão sobre o futuro de 303 demarcações
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O STF vai julgar se cabe ou não aplicar a regra do "marco temporal"
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Pelo marco, quem estivesse fora da área na promulgação da CF não teria direito a demarcação
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Hoje, o Brasil tem 421 terras indígenas devidamente homologadas
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São 106,6 milhões de hectares e onde vivem cerca de 466 mil indígenas
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Há, porém, outras 303 terras indígenas sem homologação presidencial
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Essas terras somam 11 milhões de hectares, onde vivem cerca de 197 mil indígenas
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Fachin, relator do caso, disse que a tese promove "etnocídio" entre os povos
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