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    PF faz operação no Rio de Janeiro contra crimes em antiga diretoria da Petrobras

    Agentes cumprem 3 mandados de busca e apreensão na Operação Sem Limites VI, investigação sobre corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa

    Isabelle Saleme e Thayana Araújo, da CNN, no Rio de Janeiro

    Ao menos 12 agentes da Polícia Federal (PF) foram às ruas no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (18) para cumprir três mandados de busca e apreensão. A Operação Sem Limites VI tem o objetivo de aprofundar as investigações sobre crimes cometidos na antiga Diretoria de Abastecimento da Petrobras. De acordo com as investigações, as práticas ilícitas seriam na Gerência Executiva de Marketing e Comercialização.

    Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 13.ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, no Paraná, que também determinou ordens para bloqueio de valores até o limite dos prejuízos identificados até o momento. O objetivo é apurar os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa por novos suspeitos.

    As investigações que culminaram na ação desta sexta começaram depois da Operação Sem Limites. Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão contra e integrantes de uma organização criminosa que negociava óleos combustíveis e derivados entre a estatal e trading companies estrangeiras.

    Com o aprofundamento das investigações, a PF e o Ministério Público Federal (MPF) já identificaram a participação nos crimes de um estrangeiro, representante de interesses de trading companies internacionais junto à estatal brasileira.

    Um brasileiro também está sendo investigado. Segundo os policiais, ele é ligado a um ex-gerente da Petrobras responsável por receber recursos de corrupção no exterior, com uso de contas em nome de uma offshore, e depois fazer a distribuição aos envolvidos  no esquema criminoso.

    Outros dois brasileiros estariam envolvidos, ainda, com outro ex-funcionário da área comercial da Petrobras com o qual obtinham informações privilegiadas sobre negociações da estatal e tratavam de operações comerciais em que poderiam obter vantagens indevidas.

    A PF segue nas investigações para identificar e responsabilizar os suspeitos de atentarem contra a estatal que foi vítima de articulações criminosas.

    Procurada pela CNN, a Petrobras afirmou que “é vítima dos crimes desvendados pela Operação Lava-Jato, sendo reconhecida como tal pelo Ministério Público Federal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF)”.

    “A companhia colabora com as investigações desde 2014 e atua como coautora do Ministério Público Federal e da União em 21 ações de improbidade administrativa em andamento, além de ser assistente de acusação em 76 ações penais relacionadas a atos ilícitos investigados pela Operação Lava Jato”, disse a Petrobras, em nota.

    “Cabe salientar que a Petrobras já recebeu mais de R$ 5,7 bilhões, a título de ressarcimento, incluindo valores que foram repatriados da Suíça por autoridades públicas brasileiras.”

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