PF faz operação contra suposto esquema de corrupção na Infraero
Policiais cumprem 19 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no DF
A Polícia Federal cumpre 19 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (21) em cinco estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e Rio Grande do Norte) e no Distrito Federal. A Operação Índia mira um suposto esquema de corrupção na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
No RJ, são cumpridos quatro mandados, cujos alvos estão localizados em endereços nas zonas norte oeste da capital fluminense.
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As investigações apontam que as ações ilícitas, que seriam praticadas por funcionários da Infraero e por empresários de turismo e alimentação entre 2016 e 2018, consistiam em fraudar licitações das áreas ‘lounge’ e quiosques de alimentação nos aeroportos de Congonhas em São Paulo e Santos Dumont no Rio de Janeiro”, informou a PF.
Com isso, essas áreas eram subavaliadas e as empresas que não estavam associadas ao grupo, desqualificadas. “Assim, permitia-se a contratação de propostas menos vantajosas para a Infraero em fraudes estimadas em cerca de R$ 10 milhões de reais”, segundo a corporação.
As investigações começaram com a comunicação dos fatos pelo Ministério da Infraestrutura, após apurações dentro da própria Infraero.
Os suspeitos podem responder pelos crimes de associação criminosa, corrupção, violação de sigilo funcional e crimes licitatórios.
Outro lado
Por meio de nota, a Infraero afirmou que a própria empresa iniciou as investigações preliminares decorrentes de denúncias. “Deste trabalho da Infraero resultaram três ações distintas: processos disciplinares internos, processos de apuração de responsabilidade das empresas envolvidas e inquérito instaurado pela Polícia Federal”, diz o texto. “Seguindo as regras de Compliancedo Ministério da Infraestrutura (MInfra), a Infraero encaminhou o relatório conclusivo das investigações internas à Subsecretaria de Conformidade e Integridade do MInfra, no âmbito do Programa Radar Anticorrupção, que, por sua vez, o enviou à Polícia Federal.”
(Com informações de Paula Martini e Thayana Araújo, da CNN, no Rio de Janeiro, e de Vianey Bentes, em Brasília)