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    Pessoas trans nunca tiveram representatividade real na TV, diz atriz Carol Marra

    À CNN Rádio, ela defendeu que a mídia tem "dívida grande” de mostrar que pessoas trans têm “vida normal”

    Amanda Garciada CNNRafael Câmara

    A atriz, jornalista e modelo Carol Marra acredita que a TV tem “dívida grande” com a população transexual no que diz respeito à representatividade.

    Em entrevista à CNN Rádio, no CNN No Plural+, ela, que é mulher trans, afirmou que “o preconceito vem da falta de informação” e lembrou que os papéis de transexuais e travestis geralmente têm um histórico de seguir estereótipos.

    “Nunca era uma ‘pessoa normal’, conheço médicas, professoras, várias profissões com pessoas trans, mas nunca teve essa representatividade real, todo mundo acha que ser trans é palhaçada.”

    Segundo ela, “são pessoas normais, com dilemas, alegrias, que pagam impostos, mas que nunca foram representadas desta forma.”

    Ao mesmo tempo que Carol acredita ser “muita responsabilidade servir de exemplo para outras pessoas”, ela disse entender a importância de inspirar outras.

    “Tenho seguidoras, meninas trans, que moram no interior e têm sonhos de terem outra vida e não têm oportunidade.”

    Para ela, o fato de ela ter feito novelas, estampar capas de revista, e ter “uma vida normal”, acaba sendo inspirador.

    Ela lamentou que o Brasil “ainda é o que mais mata pessoas trans no mundo, o que é muito trágico, ser morta por querer ser quem ela é.”

    A jornalista acredita que “falta mostrar que somos pessoas normais, seres humanos como qualquer outro e respeito que é o que resume tudo”.

    *Com produção de Amanda Alves

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