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    Pesquisadores brasileiros usam ossos de boi para criar enxerto para humanos

    Biomaterial produzido na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) está em fase de certificação pela Anvisa

    Gabriele KogaLéo Lopesda CNN , em São Paulo

    Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) desenvolveram um biomaterial a partir de ossos de boi que podem ser utilizados como enxerto para humanos em procedimentos ortopédicos e odontológicos.

    “O biomaterial está em fase de certificação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os pesquisadores estão, neste momento, buscando parcerias com fábricas no Brasil ou no exterior para a produção do biomaterial em larga escala, o que renderá para a Universidade o pagamento de royalties”, informou a universidade em nota.

    O projeto teve patente concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).

    O professor Breno Valentim Nogueira, do Departamento de Morfologia da Ufes, foi o orientador do projeto, desenvolvido pelo estudante Rodolpho José da Silva Barros, e explicou que o material é desenvolvido “a partir de tecido ósseo bovino descelularizado, liofilizado [processo de sublimação da água] e enriquecido com hidrogel contendo substâncias estimulantes próprias do tecido ósseo”.

    O material possui preço acessível, de acordo com a universidade.

    A Ufes espera que o licenciamento para produção do material possa gerar pagamento de royalties para a universidade.

    “O projeto de pesquisa levou à criação da startup BioBone, que está incubada no Espaço Empreendedor da Ufes. A BioBone assinou contrato de transferência de tecnologia com a Ufes e, através de investidores, já realizou o depósito da patente (processo que precede a concessão da patente) também nos Estados Unidos, México, Canadá, União Europeia, Israel, Japão, Coreia, China e Hong Kong”, informou a Ufes.

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