Pernambuco registra 59 novos casos de febre oropouche
Secretaria Estadual de Saúde afirmou que estado totaliza 72 casos da doença
O estado do Pernambuco registrou 59 novos casos de febre oropouche, nesta última terça-feira (16). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, somando com os novos registros, a região acumula agora 72 casos da doença.
Segundo a pasta, o Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE) identificou o vírus em pacientes de 14 municípios: Jaqueira, Pombos, Palmares, Água Preta, Moreno, Xexéu, Maraial, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Timbaúba, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Catende e Camaragibe.
O laboratório faz as análises pelo exame de PCR em tempo real. Assim, no instante em que os resultados são negativos para dengue, zika e chikungunya, é feito o teste para oropouche. Todo o procedimento segue as orientações do Ministério da Saúde (MS).
Keila Paz, diretora do Lacen-PE, diz que a realização dos testes é fundamental e ainda alerta para problemas na vigilância laboratorial.
“…[a vigilância] deve funcionar de forma rotineira para identificação de arbovírus circulantes na região, que muitas vezes são subnotificados nos sistemas de vigilância em saúde pública”, ressaltou.
O diretor geral de Vigilância Ambiental da SES-PE, Eduardo Bezerra, afirmou que os casos da doença se concentram na Zona da Mata, o que evidencia que o vírus tem a tendência de se proliferar em regiões mais úmidas.
“O crescimento dos casos pode estar relacionado ao comportamento que as arboviroses já apresentam em sua sazonalidade, além de uma sensibilidade maior dos municípios no registro de pessoas sintomáticas”, alertou Bezerra.
Sintomas
Os sintomas da doença, transmitida por insetos, têm características parecidas com a dengue e duram entre dois e sete dias. Eles incluem:
- Febre de início súbito;
- Dor de cabeça intensa;
- Dor nas costas, na lombar e dor articular.
Além disso, pacientes infectados podem ter sintomas como tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.
Até o momento, não existe um tratamento específico para a doença. As autoridades de saúde indicam repouso e acompanhamento médico.
*Sob supervisão