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    Peritos do caso Henry Borel são ouvidos pela Justiça nesta quarta-feira (1º)

    Interrogatório de Jairinho acontecerá no dia 13 de junho e deve ser a última etapa antes do julgamento

    Cleber Rodrigues/CNN

    Lucas JanoneCleber Rodriguesda CNN

    no Rio de Janeiro

    Acontece nesta quarta-feira (1º) mais um passo no julgamento do ex-vereador do Rio, Jairo Souza Santos Júnior e Monique Medeiros, acusados da morte do menino Henry Borel, em março de 2021.

    A audiência, no Fórum do Rio, começou com 1h30 de atraso. O primeiro a prestar depoimento é o perito legista Leonardo Huber Tauil, que assinou o laudo de necropsia da criança. Além dele, também será ouvido o assistente técnico Sami El Jundi, contratado pelos advogados de Jairinho para auxiliar no caso.

    No decorrer da audiência, a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio, precisou interromper a sessão por causa de uma discussão acalorada entre o defensor do ex-vereador e o assistente de acusação.

    Antes do início da audiência, o advogado Cláudio Dalledone, que representa Jairo Souza, prometeu uma reviravolta no caso.

    “Essa necessidade de que Henry já chegou morto, essa necessidade de terem atendido por mais de duas horas um cadáver, hoje, será desvelada. Hoje, haverá um enfrentamento. Enfrentamento que o Ministério Público nunca fez, que a juíza não queria permitir, se não fosse a ordem do tribunal. Por isso que a defesa está dizendo, de forma corajosa e técnica, haverá reviravolta”, afirmou Dalledone.

    Jairo Souza não será ouvido nesta quarta-feira. O interrogatório, que foi adiado em maio, está previsto para acontecer no dia 13 de junho. O depoimento do ex-vereador é a última etapa antes do julgamento. No dia 8 de fevereiro, Jairinho se recusou a responder perguntas em depoimento.

    Monique Medeiros, mãe de Henry e também ré no processo, foi dispensada de comparecer. A defesa argumentou que ela já prestou depoimento por cerca de 11 horas em fevereiro deste ano e, portanto, não é necessário uma nova oitiva.

    Doutor Jairinho está preso, atualmente, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Já Monique Medeiros está em prisão domiciliar há aproximadamente um mês.

    O ex-vereador e a professora são acusados pelo Ministério Público de homicídio triplamente qualificado pela morte de Henry Borel, de 8 anos, no dia 8 de março do ano passado. O menino teria sofrido torturas no apartamento em eles que moravam na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ambos negam os crimes.

    No dia 24 de maio, o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) sancionou a Lei Henry Borel, que torna crime hediondo o homicídio contra menor de 14 anos e estabelece medidas protetivas específicas para crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e familiar.

    “Dessa forma, ao se tornar hediondo, o crime passa a ser inafiançável e insuscetível de anistia, graça e indulto. Além disso, o condenado fica sujeito a regime inicial fechado, entre outras consequências”, destaca um trecho da Lei 14.344 de 2022.

    Manifestação pacífica em frente ao Fórum / Cleber Rodrigues/CNN

    Após participar de uma manifestação pacífica em frente ao Fórum, pedindo justiça pela morte de Henry, o pai da criança conversou com a imprensa e falou sobre a dor pela morte do menino.

    “Que o perito possa mostrar tudo o que viu e esclarecer essa verdade que todos nós sabemos que está bem fundamentada sobre o caso. O que foi falado por Monique e Jairo, pra mim e para as médicas, é que o Henry estava respirando no caminho e que ainda estava vivo, por isso que os médicos tentaram um processo de ressuscitação”, disse Leniel Borel.

    “Se eles tivessem falado que o meu filho tinha sofrido uma pancada, que eles tinham batido no meu filho, que ele tinha sido agredido, talvez o Henry estaria vivo porque o procedimento médico poderia ser diferente mas, não, eles omitiram o que fizeram naquela noite com o Henry e tiraram total possibilidade do meu filho sair vivo e estar aqui com a gente hoje”, completou.