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    Perícia não encontra sinais de cápsulas em local onde Kathlen foi morta

    PM diz que local foi preservado; família de modelo diz que não tem condições de prestar depoimento

    Isabelle Saleme e Pauline Almeida, da CNN, no Rio de Janeiro

    A Polícia Civil vai ouvir essa semana o depoimento da avó da modelo e designer de interiores Kathlen Romeu, de 24 anos, morta na Comunidade do Lins Vasconcelos, na zona norte do Rio de Janeiro, na última terça-feira (8).

    De acordo com parentes, a jovem estava com ela no momento em que foi atingida por um tiro. A oitiva estava programada para esta quinta-feira (10), no entanto, a família disse à CNN que a avó de Kathlen ainda não deve ir à Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, na zona oeste, porque ela e a mãe da jovem estão muito abaladas, sem condições emocionais.

    A Polícia Civil apura de qual arma partiu o tiro que matou a jovem. Os investigadores já ouviram cinco dos doze policiais militares que participaram do suposto confronto com criminosos na comunidade. As armas dos PMs foram apreendidas, assim como munição intacta e estojos usados na ação. No entanto, vestígios de cápsulas não foram encontrados durante a perícia realizada pelo Grupo Especial de Local de Crime (Gelc).

    A CNN entrou em contato com a PM, que segue afirmando que o local onde a jovem foi baleada foi preservado para a realização da perícia. Segundo a versão oficial, homens da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Lins foram atacados por criminosos. A corporação apura o caso, mas não dá informações sobre as investigações.

    O corpo da designer foi enterrado em um cemitério no Centro do Rio nesta quarta-feira (9). Kathlen estava grávida de 14 semanas. O bebê também não resistiu. Durante a cerimônia, que provocou muita comoção, alguns familiares passaram mal. Em homenagem à jovem, flores foram deixadas em frente à loja em que ela trabalhava, em Ipanema, zona sul da capital. Um protesto contra a atuação da Polícia Militar também foi organizado por amigos e parentes.  

    A Defensoria Pública do Rio de Janeiro acompanha os desdobramentos e se colocou à disposição para prestar assistência jurídica para a família. 

    Modelo e designer de interiores Kathlen Romeu
    Modelo e designer de interiores Kathlen Romeu
    Foto: Reprodução/Instagram (5.jun.2021)

    Questionado pela imprensa sobre a morte de Kathlen, o prefeito Eduardo Paes disse que está triste e indignado. Também que não se pode achar normal que uma jovem grávida saia na rua e, do nada, seja atingida por um tiro. Paes ressaltou que é necessário uma política de segurança pública que “investigue mais e mate menos”.  

    Já o governador Cláudio Castro disse, em nota, que lamenta profundamente a morte da jovem e que as investigações estão a cargo da Polícia Civil.