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    Perícia confirma que Ana Júlia, sucuri mais famosa do mundo, morreu por causas naturais

    Com quase 7 metros, sucuri era conhecida como Rainha do Formoso e foi encontrada às margens do rio em Bonito (MS)

    Thomaz Coelhoda CNN*Julia Farias

    Uma perícia realizada pela Polícia Científica de Mato Grosso do Sul confirmou que a sucuri Ana Júlia encontrada morta e boiando por guias turísticos no rio Formoso, em Bonito, morreu de causas naturais. Inicialmente, a informação divulgada foi de que a serpente teria sido morta a tiros.

    Os levantamentos iniciais do trabalho foram realizados na segunda-feira (25) e já descartavam a existência de perfurações por tiros ou qualquer outro objeto na cobra.

    O perito criminal Emerson Lopes dos Reis, diretor do Instituto de Criminalística de Mato Grosso, diz que três peritos foram até Bonito (MS), município em que a cobra foi encontrada em estado de decomposição, para examinar a sucuri.

    “Nós enviamos uma equipe de peritos para Bonito, após um acionamento da delegacia, durante a última segunda-feira. A equipe averiguou a suspeita de que o animal teria sido morto por tiros. A médica realizou um exame in loco. O nosso grande objetivo era verificar se havia alguma perfuração de projétil de arma de fogo. Durante o exame, não foi observado esse tipo de lesão”, explica.

    A perícia também realizou procedimentos cirúrgicos no corpo do animal para uma análise mais detalhada e algumas hemorragias internas foram encontradas, porém, devido ao avançado estado de decomposição da sucuri, não foi possível precisar a existência ou não de alguma doença.

    Sucuri foi encontrada morta no rio Formoso, no Mato Grosso do Sul
    Sucuri foi encontrada morta no rio Formoso, no Mato Grosso do Sul / Reprodução/redes sociais

    Segundo o biólogo Henrique Abrahão Charles, especialista em serpentes e autor de um mestrado sobre sucuris, a cobra morta, que foi batizada como Ana Julia, era o maior exemplar da espécie já registrado no mundo. O animal era bastante conhecido na região e já chegou a ser retratado em documentários.

    *Sob supervisão de André Rigue

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