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    Pássaros apreendidos com Anderson Torres morrem no Ibama

    Aves foram confiscadas em abril, em operação por supostos maus tratos

    Elijonas Maiada CNN

    Dos 59 pássaros apreendidos na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, 16 morreram sob os cuidados do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

    As aves estavam no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) desde abril, quando foram confiscadas. Além das mortes, três desapareceram.

    A informação consta no inquérito da Polícia Federal, que enviou o caso para a Justiça Federal. Torres foi indiciado no começo do mês por posse irregular de animais silvestres, maus-tratos, falsificação de selos e falsidade ideológica.

    Os pássaros mortos eram das espécies bicudos-verdadeiros e curiós.

    As apreensões aconteceram em abril após o Ibama e o Ibram (Instituto Brasília Ambiental) encontrarem supostas irregularidades no sistema. Um pássaro estava com mutilações, segundo o Ibama.

    “Condições debilitadas”

    Sobre os pássaros mortos, o Ibama informou à CNN que algumas das aves chegaram ao Cetas em condições debilitadas, “resultando, infelizmente, em óbitos”.

    Os pássaros que morreram foram encaminhados para necropsia na Universidade de Brasília (UnB) e submetidos a uma perícia conduzida pela Polícia Federal. O Ibama aguarda o resultado dos laudos.

    “É importante evidenciar que os animais se encontravam alojados em condições que indicam privação de exposição solar, possivelmente comprometendo o seu bem-estar. Durante a apreensão, algumas aves apresentavam ausência de penas em áreas como dorso, cabeça e membros posteriores, além de fragilidade nos bicos, com sinais quebradiços”, disse o Ibama.

    À CNN, o advogado de Anderson Torres, Alessandro Martins Menezes, rebateu o Ibama e afirmou que os pássaros não estavam debilitados. “Eram aves bem cuidadas, saudáveis”, disse.

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