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    Parques eólicos e solares próximos à linha afetada podem ter provocado apagão, dizem fontes

    Usinas estão localizadas ao redor da linha Quixadá-Fortaleza II, cujo desligamento representou o início dos problemas

    Raquel Landim

    Dificuldades no controle da tensão de usinas eólicas e solares podem ter sido uma das causas do mais recente apagão que afetou o país, dizem fontes que participaram da última reunião do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

    Essas usinas estão localizadas ao redor da linha Quixadá-Fortaleza II, cujo desligamento representou o início dos problemas.

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    Na reunião, realizada na última sexta-feira, o ONS apresentou um slide com todos os parques de geração de energia eólica e solar do Nordeste.

    A CNN teve acesso a esse slide (veja abaixo). No total, o subsistema do Nordeste tem 23 gigawatts de energia eólica e 5 gigawatts de energia solar.

    PowerPoint do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)
    PowerPoint do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) / Reprodução/CNN

    No Ceará e no Rio Grande do Norte, uma série de usinas eólicas e solares chegam a uma capacidade de 3 e 8,6 gigawats, respectivamente.

    Boa parte desses geradores despacha energia para a linha de Quixadá-Fortaleza II, que depois segue para a região de Milagres, e é “exportada” para o Sudeste/Sul do país.

    Em comunicado após a reunião, o ONS informou que “foram encontrados sinais de que as fontes de geração próximas à linha de transmissão não apresentaram o desempenho esperado no que diz respeito ao controle de tensão”.

    A autarquia informou ainda que “o problema identificado não tem relação direta com o tipo de fonte geradora”.

    Fontes do setor elétrico, no entanto, dizem que essa região próxima ao ponto central do apagão, ou seja, a linha de transmissão afetada, praticamente não tem energia hidráulica e poucas usinas térmicas. Por outro lado, é a grande produtora de energia eólica e solar do país.

    As autoridades vêm relutando em admitir que o apagão pode ter sido gerado por um desequilíbrio na oferta de energia hidráulica, solar e eólica devido aos importantes subsídios concedidos às energias renováveis, particularmente na região Nordeste.

    Desde o “day after” do apagão, o ONS, por precaução, reduziu os limites de segurança e a quantidade de energia eólica e solar no sistema elétrico brasileiro.

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