Parentes de crianças mortas a tiros em Duque de Caxias serão ouvidos nesta terça
Familiares vão contar o que viram e ouviram na última sexta-feira (4), quando Emily Victoria e Rebeca Beatriz acabaram baleadas no quintal de casa
Os familiares de Emily Victoria, de 4 anos e Rebeca Beatriz, de 7 anos, serão ouvidos nesta terça-feira (8) no inquérito sobre a morte a tiros das duas crianças. Os parentes vão contar o que viram e ouviram na última sexta-feira (4), quando as primas acabaram baleadas no quintal de casa em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
De acordo com o delegado Uriel Alcântara, chefe da Divisão de Homicídios da Baixada e responsável pela investigação, outros 4 parentes já prestaram depoimento, além de cinco PMs que atuaram na região onde o crime aconteceu. Os militares também tiveram as armas apreendidas para perícia e, consequentemente, um exame de confronto balístico para determinar se os tiros podem ter partido de suas armas, conforme aponta a família das duas primas.
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Nesta segunda-feira (7), parentes de Emily e Rebeca foram recebidos pelo governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, e por integrantes da Defensoria Pública do estado. Aos familiares, Castro prometeu uma investigação rápida e, segundo ele, punir com o rigor da lei os responsáveis pelas duas mortes, independentemente de serem agentes públicos ou não.
O governador também se solidarizou com a dor dos parentes e amigos e comentou sobre a violência na capital fluminense.
“Cada família é uma história, um sonho, não é apenas um dado, não é um número. Minha luta é para não perder a humanidade que me trouxe aqui”, afirmou Cláudio Castro.
A Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) prometeu enviar até o fim desta semana, um relatório para a Comissão de Direitos da ONU contendo números de violência contra crianças e adolescentes no RJ, e cobrando uma intervenção por políticas efetivas de proteção aos brasileiros.
Segundo levantamento da Plataforma Fogo Cruzado, só na Região Metropolitana do Rio, 22 crianças (até 12 anos) já foram baleadas em 2020. Pelo menos oito morreram.