Paraná lidera apreensões de cigarros eletrônicos ilegais
Em 2024 já foram 309,5 mil unidades apreendidas pela PRF em todo o país; Paraná é responsável por 80,5% deste total.
https://www.youtube.com/watch?v=pOA-KzMO85QO número de cigarros eletrônicos apreendidos no Brasil cresce em 2024. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, neste ano já foram apreendidas 309,5 mil unidades em todo o país, quantidade superior à apreendida em 2023, quando 230, 1 mil unidades foram retiradas de circulação no Brasil. O estado do Paraná é responsável pelo maior montante de apreensões, com 249,6 mil unidades, o que corresponde a 80,5% do total.
“Nós mal chegamos à metade de 2024 e já temos mais de 300 mil unidades de cigarros eletrônicos apreendidos pela PRF em todo o território nacional, sendo que o Paraná responde por mais de 80% dessas apreensões, especialmente pela posição geográfica do Paraná, ao lado do Paraguai, que é a principal fonte desse tipo de produto contrabandeado”, comenta Fernando Cesar Oliveira, Superintendente da PRF no estado.
Hoje, a venda de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil. Em abril deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, manteve este impedimento, que vem desde 2009. Apesar disso, esses produtos são facilmente encontrados pelas ruas do país, comercializados ilegalmente. De 2018 a 2023, o número de consumidores desses dispositivos aumentou 600%, como aponta o IPEC.
Atualmente, tramita no Senado Federal um Projeto de Lei para regulamentar a venda e o consumo dos vapes no Brasil. A Autora do PL, senadora Soraya Thronicke, do Podemos, afirma que o Projeto prevê uma série de benefícios fiscais e garante segurança aos consumidores. “O que nós queremos é colocar um freio nesse consumo desenfreado. O que nós estamos preocupados é em relação à saúde dos brasileiros”, explica a parlamentar.
O Brasil perde cerca de R$ 5 bilhões em arrecadação todos os anos com esse mercado ilegal. Um estudo da Federação das Indústrias de Minas Gerais, a FIEMG, mostra como a fabricação interna de dispositivos eletrônicos para fumar pode levar a um aumento de arrecadação de impostos líquidos, chegando a R$ 136 milhões. “Muitas vezes as mesmas quadrilhas que transportam cigarro, sejam eletrônico ou convencional, transportam também drogas, armas, munições e também muitos veículos utilizados pra esse tipo de crime, inclusive caminhões, são veículos clonados depois de terem roubados ou furtados em grandes e médias cidades brasileiras”, explica o superintendente da PRF no Paraná.
O consumo e a venda desses dispositivos é regulamentada em cerca de oitenta países.