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    Pantanal registra mais de 19 mil focos de incêndio em 2020

    É a primeira vez que o bioma ultrapassa a marca desde 1998, quando o Inpe começou a monitorar as queimadas

    Fumaça e chamas de queimada no Pantanal, no Mato Grosso
    Fumaça e chamas de queimada no Pantanal, no Mato Grosso Foto: Amanda Perobelli - 03.set.2020 / Reuters

    Giovanna Bronze, da CNN, em São Paulo

    Até o dia 5 de outubro, o bioma do Pantanal registrou 19.140 focos de queimadas. É a primeira vez que a região ultrapassa a marca de 19 mil pontos de calor na história, desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a monitorar os incêndios no Brasil.

    De janeiro ao dia 5 de outubro, o ano de 2019 teve 6.199 focos de queimadas. Em 2020, foi registrado o aumento de 208,75% em relação ao mesmo período do ano passado.

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    O total registrado ao longo dos 12 meses de 2019 foi de 10.025 pontos. Mesmo que 2020 ainda não tenha acabado, o ano já registra 90,9% mais queimadas do que o anterior. Até então, o pior ano de incêndios foi registrado em 2002, com 12.486 – em comparação com este ano, 2020 contabiliza 53,2% a mais.

    Apenas nos primeiros cinco dias de outubro, o Pantanal teve 881 focos de incêndio. Esse dado é 499,3% maior do que o registrado no mesmo período de 2019, que foi 147. Apenas do dia 4 para o dia 5, foram contabilizados 302. Nos cinco dias de outubro, a média de pontos de calor por dia foi de 176,2, cerca de 500% mais do que a média de 2019: 29,4/dia, com base nos focos registrados de 1º a 5 de outubro.

    O ano de 2020 é o pior na história para o Pantanal. Em menos de dez meses, o bioma teve a mesma quantidade de focos registradas nos anos de 2019 (10.025), 2018 (1.691) e 2017 (5.773) juntos, que somam 17.489.

    O pior mês já registrado pelo Inpe para o bioma é setembro de 2020, que teve 8.106 focos de incêndio.