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    Pandemia virou ‘máquina de desigualdade’ no Brasil, diz diretor do FGV Social

    Pesquisa apontou que percepção dos brasileiros é de piora mais acentuada na educação, saúde e meio ambiente do que em outros países

    Pobres brasileiros "estão sendo destruídos" em campos como educação e meio ambiente, afirma o diretor Marcelo Néri
    Pobres brasileiros "estão sendo destruídos" em campos como educação e meio ambiente, afirma o diretor Marcelo Néri Foto: Johnny Miller/Reprodução

    Amanda Garciada CNN*

    No comparativo com outros 40 países, os brasileiros veem uma piora mais acentuada nas políticas de saúde, ambientais e de educação durante a pandemia, de acordo com a pesquisa “Percepções da população de políticas públicas portadoras de futuro na pandemia”, da FGV Social.

    Em entrevista à CNN Rádio nesta quarta-feira (22), o diretor do FGV Social, Marcelo Neri, explicou alguns dos números. No quesito saúde, por exemplo, há piora de 5%, enquanto o restante do mundo ficou estável, com melhora de 1%.

    O mesmo acontece na questão ambiental, com 6 pontos percentuais de queda entre os brasileiros, enquanto no mundo há aumento de 1%.

    Foi registrada queda tanto no Brasil, quanto no restante do mundo, em relação à educação. De 15% e de 3,75%, respectivamente.

    Neri explica que a pandemia, embora tenha tido impacto global, “piorou menos” no restante do mundo. “Quando comparamos o Brasil e o restante do mundo entre a camada mais pobre, os pobres brasileiros estão sendo destruídos nestes campos e no mundo melhorando. A pandemia virou máquina de desigualdade no Brasil.”

    Os dados da pesquisa são ainda mais preocupantes, na visão do pesquisador, porque “essas questões de saúde, educação e meio ambiente são fundamentais para o futuro” da população como um todo e do país.

    *Com produção de Henri Alexandre