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    Paes diz que pode adotar medidas “mais enérgicas” para conter aglomerações

    18 regiões administrativas foram listadas como de alto risco, incluindo bairros como Centro, Copacabana e Barra da Tijuca

    Pauline Almeida e Thayana Araujo, da CNN, no Rio de Janeiro

    O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que pode adotar medidas “enérgicas” em áreas da cidade onde o risco de contágio da Covid-19 for classificado como muito alto. Ele não descarta, inclusive, o fechamento do comércio em regiões mais afetadas.

    “Das três categorias que nós colocamos – moderada, alta e muito alta -, na muito alta, têm umas medidas mais enérgicas. Ela não é uniforme para toda a cidade, mas tem eventualmente fechamento de comércio. O que a gente pede, mais uma vez, é a colaboração da população”, diz.

    A declaração foi dada nesse sábado (9), quando a taxa de ocupação de leitos de UTI era de 89% na rede SUS da capital, incluindo as unidades municipais, estaduais e federais, e 87%, em enfermarias. Questionado, Paes declarou que a fila está zerada “dentro dos critérios de saúde”.

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    Também é crítica a situação da ocupação de leitos na rede privada. De acordo com a Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro, 98% dos leitos de UTI para pacientes com o novo coronavírus estão ocupados em unidades particulares, enquanto a taxa nos leitos de enfermaria está em 89%.

    18 regiões administrativas foram listadas como de alto risco, incluindo bairros como Centro, Copacabana e Barra da Tijuca. Apesar disso, os flagrantes de aglomeração continuam. Na última sexta-feira (8), as praias de Ipanema e do Arpoador ficaram lotadas, por exemplo. Já em São Conrado, próximo da Rocinha, uma multidão de motos foi fotografada.

    Paes continua descartando a possibilidade de lockdwon, mas deve anunciar, na próxima semana, restrições para as regiões administrativas mais preocupantes.

    “Não dá pra prefeitura ficar de babá de indivíduo, de cidadão. São quase 7 milhões de habitantes no Rio. Se as pessoas não tiverem a consciência, se não tiverem a cultura de respeitar, enfim, a coletividade neste momento, fica muito difícil.”

    O Rio de Janeiro soma 173.291 casos e 15.527 mortos. Em todo o estado, foram contabilizados mais 224 mortes e 5.591 casos confirmados, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Ao todo, são quase 450 mil infectados e 26.704 mortes desde o início da pandemia.

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