Paes atribui recorde de casos de Covid no RJ a atraso de notificações da capital
Prefeito diz que Secretaria de Saúde acelerou trabalho digitação de dados; cidade respondeu por 72% dos 9,1 mil casos registrados no estado na quinta-feira (6)
Na quinta-feira (6), o estado do Rio de Janeiro apresentou mais um recorde de casos confirmados de Covid-19 em um dia: 9.185. Destes, 6.683 (72,5%) foram registrados na capital – o segundo maior número diário de infecções registrado na cidade desde o início da pandemia.
O prefeito Eduardo Paes (DEM) explicou nesta sexta-feira (7), durante apresentação semanal do Boletim Epidemiológico, que esses números não são de casos conhecidos apenas na véspera, mas fruto de um atraso de notificações, pelo qual se desculpou.
Paes afirmou também que não há incoerência entre os dados apresentados e a flexibilização das medidas restritivas anunciadas também nesta sexta-feira (7), que incluem o fim do chamado “toque de recolher”, que impedia a permanência em vias públicas das 23h às 5h, e também a autorização de permanência de público nas praias aos finais de semana.
“A Secretaria Municipal de Saúde acelerou o trabalho de digitação. O recorde de ontem [quinta-feira] foi de digitação, e não de novos casos. O que houve foi um atraso no processo de digitação e de investigação de dados. Esses casos foram distribuídos ao longo de uma curva que é descendente. Não há incoerência. Nós tomamos decisões com base em fatos. É um esclarecimento feito com um pedido de desculpas”, afirmou.
Paes, no entanto, admitiu que o aumento das flexibilizações dificulta a atividade de fiscalização. Por isso, pediu a colaboração da população e dos empresários, principalmente do setor de bares e restaurantes, que não conta mais com horário de funcionamento restrito – as limitações agora são apenas com relação à capacidade de público, distanciamento e uso de álcool em gel.
“Faço um apelo. Vamos ficar atentos. É óbvio que, quando você flexibiliza, fica mais difícil fiscalizar. Pode parecer que pode tudo, mas não hesitaremos em colocar medidas mais restritivas se as pessoas acharem que não precisam respeitar nenhuma”, afirma.