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    Operação Vermelho 27: influenciador é preso e tem carros de luxos apreendidos em MG

    Suspeito faturava aproximadamente R$ 1 milhão por mês com o esquema criminoso de promover roletas que retornam apenas 0,23% aos apostadores

    Daniela Mallmannda CNN , Belo Horizonte

    Um influenciador digital de 26 anos foi preso preventivamente durante a Operação Vermelho 27, deflagrada na manhã de segunda-feira (30) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

    Ele foi localizado em um condomínio de luxo, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

    Além da prisão do influenciador, os agentes apreenderam dois veículos de luxo avaliados em R$ 4 milhões, além de celulares e computadores. Segundo as investigações, o suspeito faturava aproximadamente R$ 1 milhão por mês com um esquema virtual criminoso.

    Segundo Magno Machado, chefe da Divisão de Fraudes, do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes, o investigado promovia roletas e jogos de azar virtuais. Ele é suspeito de cometer crimes de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal.

    As investigações começaram no início do ano com o monitoramento dos principais influenciadores envolvidos em atividades suspeitas. Segundo a polícia, o suspeito estava sendo acompanhado pelos investigadores desde maio.

    O delegado relatou que o suspeito chegou a publicar vídeos em suas redes sociais confessando a lavagem de dinheiro. “Temos vídeos dele contando dinheiro, e um interlocutor perguntando o que ele estava fazendo. Ele responde que possui uma lavanderia para lavar dinheiro”, contou o delegado.

    Influenciador é preso e tem carros de luxos apreendidos em MG • PCMG

    Ainda de acordo com o delegado, os influenciadores digitais atuam como “garotos-propaganda” de plataformas de jogos, geralmente hospedadas no exterior. “Essas plataformas firmam contrato com os influencers e pagam comissões baseadas nas perdas dos jogadores. Quanto mais os apostadores perdem, mais o influenciador ganha”, explicou Machado.

    “Em plataformas legalizadas, a taxa de retorno ao apostador é de mais de 90%, ou seja, de cada R$ 100 jogados, o apostador pode receber ao menos R$ 90 de volta. Já nos jogos ilegais, a taxa de retorno é de apenas 0,23%, ou seja, de cada R$ 100 apostados, o jogador pode ganhar apenas 23 centavos. O lucro desses influenciadores está na perda dos apostadores”, complementou Machado.

    As investigações continuam com a análise do material apreendido e o levantamento do patrimônio financeiro do suspeito.

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