Operação no Jacarezinho tem 15 pessoas foragidas, diz delegado
Dos 21 alvos, três morreram e outros três foram presos; cerca de 20 corpos foram liberados do IML
Pelo menos 15 pessoas estão foragidas dos 21 alvos da operação realizada na comunidade no Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (06). Dentre os procurados, três foram presos e outros três morreram. As informações foram confirmadas pelo delegado Pedro Brasil, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
A ação resultou na morte de 29 pessoas. Os números foram atualizados neste sábado (07). “A Polícia Civil informa que 28 criminosos e o inspetor de polícia André Leonardo de Mello Frias morreram na operação.”, informou a corporação em nota.
Cerca de 20 corpos já foram liberados do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro e alguns foram sepultados neste sábado (08). À CNN, o delegado Pedro Brasil informou que todos os mortos na operação foram identificados. “Todos foram identificados e os que não têm passagem têm vínculo comprovado com o crime. A lista será oportunamente divulgada pela Polícia Civil do RJ”.
A investigação teve início a partir de notícias recebidas pela DPCA de que uma organização criminosa que atuava no Jacarezinho, explorava práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos em geral, homicídios e sequestros praticados na região. Em nota, a polícia informou que crianças e adolescentes eram aliciados para integrar uma facção da região.
O inquérito com os 21 suspeitos, alvos da investigação gerou uma denúncia do Ministério Público à justica. “Houve expedição dos mandados de prisão pela Justiça, cujo cumprimento ficou a cargo da Polícia Civil”, disse o delegado sobre a legitimidade da ação policial e sobre os questionamentos de, entre os mortos não estarem pessoas alvo da investigação.
A 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada da Capital do Ministério Público do Rio (MPRJ), está investigando as circunstâncias das mortes e já instaurou procedimento para averiguar se houve violações a direitos durante a operação policial. A ação foi alvo de manifestações e de preocupação, como do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, que pediu à Justiça brasileira, na última sexta-feira (07), uma “investigação independente e imparcial”.
Nos próximo dias, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro vai enviar para a Procuradoria -Geral da República, informações sobre a operação da Polícia Civil na comunidade do Jacarezinho. Castro se manifestou em vídeo após a ação e disse que o trabalho levou 10 meses para ser concluido e foi uma operação legítima.