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    ONU pede que Brasil receba haitianos acampados na fronteira entre EUA e México

    Organização Internacional para as Migrações, agência das Nações Unidas, indagou formalmente o país sobre a possibilidade de receber imigrantes do país caribenho

    Gabriel StargardterLisandra Paraguassuda Reuters

    A Organização Internacional para as Migrações (OIM) indagou formalmente o Brasil para saber se o país receberia alguns dos haitianos acampados na fronteira entre os Estados Unidos e o México na esperança de entrar em território norte-americano, de acordo com duas fontes a par do pedido.

    A petição da OIM, agência das Nações Unidas (ONU) para as migrações, foi feita em um momento em que o presidente norte-americano, Joe Biden, enfrenta uma pressão crescente para resolver mais uma crise de migração.

    Um fluxo maciço de migrantes chegou à fronteira sul dos EUA, causando dificuldades políticas e obstáculos logísticos para os dois países. Cerca de 14 mil pessoas, em sua maioria haitianos, acamparam ao norte do Rio Grande neste mês, enquanto tentavam entrar nos Estados Unidos.

    Washington começou a enviá-los de volta em voos para o Haiti, enquanto o México pediu que outros desistam de seus sonhos nos EUA e busquem asilo no sul do país.

    A OIM pediu que o Brasil receba haitianos que tenham filho brasileiro ou que tenham passado pelo país antes de entrar no México em sua jornada para o norte, disseram as duas fontes.

    As fontes disseram que o primeiro cenário – dos haitianos com filhos brasileiros – tinha maior probabilidade de ser aprovado. Uma das fontes disse que o segundo exigiria mais análises.

    Sem mencionar o pedido da OIM, o Itamaraty afirmou em nota que “o tema foi discutido em conversas entre autoridades de diversos países e está sendo analisado à luz da legislação vigente”.

    A OIM, por meio de seu escritório no México, disse que tem “um programa de retorno voluntário, que auxilia migrantes de várias nacionalidades”, mas que a implementação desse tipo de ação “requer um acordo entre os países envolvidos”.