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    Ônibus incendiados: Enquanto não mudar as leis, vamos ter essa situação, diz prefeito de Santos

    Crimes acontecem em meio à "guerra entre Polícia Militar e traficantes"

    Duda Cambraiada CNN

    Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (13), o prefeito da cidade de Santos, Rogério Santos (Republicanos), afirmou que recebeu informações de que dois responsáveis por atear fogo em ônibus na noite de terça-feira (12) foram pegos em suas casas, no Dique da Vila Gilda e levados à delegacia, mas não ficaram presos.

    “A lei permitiu que eles fossem liberados. Enquanto a gente não mudar as leis, vamos ter esse tipo de situação. Precisamos mudar as leis do nosso país, o Congresso precisa se ater a pautas importantes”, afirma o prefeito.

    Rogério ainda afirma que, por orientação da Polícia Militar, as linhas de ônibus deixam de entrar em quatro bairros da zona noroeste, que tem um terço dos cidadãos santistas. “A população não tem nada a ver com essa guerrilha que está acontecendo, a Polícia Militar está enfrentando o crime organizado e o tráfico de drogas”.

    O prefeito reforça que o Porto de Santos é o maior da América do Sul e acaba sendo passagem de drogas, armas e contrabando, que afeta a cidade. Apesar disso, o chefe do executivo acredita que o crime está concentrado em áreas restritas do município.

    “Esses crimes não estão em toda a cidade. São crimes focados nessa guerra entre a Polícia Militar e os traficantes”, disse o prefeito à CNN.

    Ações dos órgãos públicos

    Segundo Rogério Santos, a Polícia Militar se prepara para possíveis desdobramentos ainda nesta quarta-feira (13), já que o velório de um dos suspeitos mortos nas últimas operações da polícia está marcado para 16h.

    “Nós apoiamos a Polícia Militar com vários insumos, equipamentos e com essa base de inteligência”, conta Rogério.

    Violência persiste no litoral

    A Baixada Santista, no litoral de São Paulo, tem presenciado uma persistência de violência na região neste ano, desde o início da Operação Verão, com a morte do PM da Rota, Samuel Cosmo. No total, a operação já soma 43 mortos.

    Segundo o prefeito, na operação foram presos mais de 891 criminosos, sendo que 344 já estavam sendo procurados, 635 quilos de drogas, 90 armas e fuzis.

    Na noite desta última segunda-feira (11), outro incêndio foi registrado no litoral, onde criminosos atearam fogo em outro transporte coletivo. Antes, o grupo teria exigido que todos os presentes no veículo deixassem o local. O Corpo de Bombeiros controlou as chamas e a perícia foi acionada. Durante o episódio, ninguém ficou ferido ou foi morto.