Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Onda de calor eleva temperatura acima dos 30ºC nas capitais neste final de semana

    Alta pressão impede a formação de nuvens de chuva e mantém calor no Centro-Oeste e Sudeste, enquanto uma frente fria provoca temporais no Sul do país

    Luan Leãoda CNN*

    O último final de semana de abril será de tempo firme no Centro-Oeste, Sudeste e parte do Paraná por conta de mais uma onda de calor: a quarta em 2024. A massa de ar quente no centro do país deve elevar as temperaturas acima dos 30ºC, garantindo praia aos que puderem aproveitar.

    De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em São Paulo (SP) os termômetros chegam aos 32ºC no sábado (27) e 33ºC no domingo (28). Em Belo Horizonte (MG), os termômetros também devem marcar os 32ºC no domingo (28). No Rio de Janeiro (RJ), o sábado (27) será de 34ºC e no domingo (28), a temperatura prevista é de 39ºC. No mesmo dia, Vitória (ES) pode chegar aos 33ºC.

    Ainda no domingo (28), uma frente fria pode chegar ao litoral paulista, mas não deve estragar os planos.

    O calorão, segundo a Climatempo, é decorrente da atuação de um sistema de alta pressão na média atmosfera que estacionou no centro-sul do país, formando uma espécie de bloqueio atmosférico para a chegada de frentes frias.

    Por conta do sistema, tanto o Centro-Oeste quanto o Sudeste devem ter temperaturas acima da média pelo menos até a próxima quinta-feira (2). Em todo Mato Grosso do Sul, em partes do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e parte do Paraná, os termômetros podem ficar até 5ºC acima da média por mais de cinco dias seguidos – configurando uma onda de calor, pelas definições da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Na região Centro-Oeste, temperaturas na casa dos 37ºC durante todo o final de semana em Cuiabá (MT) e em torno de 33ºC em Campo Grande (MS). No domingo (28), há previsão da volta de pancadas de chuva em Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, aliviando o ar seco na região, que esteve abaixo dos 30% de umidade nos últimos dias.

    Em Goiânia (GO), a máxima no final de semana será de 34ºC, enquanto em Brasília (DF), os termômetros não devem ultrapassar os 30ºC.

    O Sul do Brasil deve enfrentar temporais em partes do Rio Grande do Sul e no extremo sul de Santa Catarina, devido a áreas de instabilidade que vão se formar por conta do aumento da temperatura e da umidade na região.

    De acordo com o Inmet, são previstos volumes de chuva de até 100mm no estado gaúcho, com algumas regiões podendo ultrapassar esse acumulado. Há previsão de rajadas de ventos de até 70km/h, com possibilidade de queda de granizo em algumas localidades.

    A manutenção dessas áreas de instabilidade pode gerar um acumulado de 200mm de chuva até a próxima quinta-feira (2). A partir do dia 2, a frente fria se desloca com lentidão para o sul de Santa Catarina e do Paraná, também com previsão de temporais.

    Nas regiões Norte e Nordeste, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mantém as áreas de instabilidade com a formação de nuvens carregadas nas duas regiões. A Climatempo informa que há previsão de pancadas de chuvas, algumas de forte intensidade, em todas as capitais do Norte e Norte do Brasil.

    Chuva intensa

    A ZCIT já deixou diversas cidades do Norte e Nordeste com registro de acumulados de chuvas expressivos. Em Morada Nova, no interior do Ceará, houve registro de 200mm de chuva, enquanto na cidade de Patu, no interior do Rio Grande do Norte, os números chegaram a 109mm.

    Na Bahia, a capital Salvador está no terceiro mês de abril mais chuvoso em 51 anos, com volume de chuva de 798,1mm. Segundo a Climatempo, a previsão é de que as chuvas de moderada a forte continuem na região até o final de abril.

    Meses de abril mais chuvosos Salvador (BA)

    • 1984: 889,8 mm
    • 1985: 869,1 mm
    • 2024: 798,1mm (até 25 de abril)
    • 1996: 758,8 mm
    • 1975: 737,9 mm

    Também há probabilidade de precipitação intensa no Amapá, Pará, Maranhão, norte do Piauí, litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte. No Amapá são esperados acumulados de 150m, enquanto nas demais regiões, entre 60mm e 80mm.

    *Sob supervisão de André Rigue