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    O que se sabe até agora sobre ataque antissemita a comerciante na Bahia

    Ataque aconteceu na última sexta-feira (2) em Arraial D'Ajuda

    Rafael Villarroelda CNN , São Paulo

    A mulher que fez um ataque antissemita a uma comerciante judia na Bahia prestou depoimento à polícia e disse que já conhecia a vítima.

    A CNN conversou com o delegado Paulo Henrique de Oliveira, da Polícia Civil da Bahia, que cuida do caso. Ele informou que, no sábado (3), a vítima foi ouvida e passou por exames, que não indicaram lesão física.

    Confira o que se sabe até agora sobre o caso:

    Quando ocorreu o ataque?

    O ataque aconteceu na noite de sexta-feira (2) em Arraial D’Ajuda, distrito de Porto Seguro (BA). A ação foi registrada em vídeo.

    Como foi o ataque?

    Nas imagens, é possível ver uma mulher xingando a empresária Herta Breslauer de “sionista” e “assassina de criança”.

    Ela ainda quebra as mercadorias da loja. “Eu vou te pegar, maldita sionista”, gritou a mulher enquanto era arrastada por três homens que tentavam contê-la para fora da loja.

    Qual foi a reação da comerciante?

    No mesmo dia, a vítima registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, e gravou um vídeo após comparecer na delegacia.

    “Uma mulher entrou em minha loja, me agrediu, me bateu, destruiu minha loja simplesmente pelo fato de eu ser judia”, relatou. “Disse que sou assassina de crianças. Eu, que não mato um pernilongo, só pelo fato de ser judia”, disse

    Qual era a relação entre as mulheres?

    Segundo o delegado Paulo Henrique de Oliveira, a agressora contou que ela e a lojista já se conheciam, e que o problema teria sido pessoal. A mulher que atacou a comerciante disse à polícia que “perdeu a cabeça” e alegou tomar remédios controlados.

    Quais ações já foram tomadas?

    A Polícia Civil pediu à Justiça que a agressora ficasse longe da vítima, além de não poder frequentar a loja. A solicitação foi atendida.

    O que acontecerá com a agressora?

    Segundo o delegado, ela será indiciada por:

    • dano qualificado — por causa da destruição do patrimônio da loja
    • injúria racial — por conta do cunho religioso dos xingamentos
    • e ameaça — porque, ao sair da loja, a mulher alegou que “voltaria”

    As informações serão encaminhadas ao Ministério Público.

    A CNN busca localizar a defesa da agressora.

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