Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    O Grande Debate: Uso da cloroquina é protocolo ou orientação?

    Gisele Soares e Thiago Anastácio também abordaram a nova data para a reabertura gradual da economia no estado de São Paulo

    O Grande Debate da manhã desta quinta-feira (21) abordou o novo protocolo do Ministério da Saúde, que amplia a recomendação do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes do novo coronavírus, apesar da falta de comprovação científica de eficácia do medicamento.

    A decisão, que foi documentada pelo governo como uma orientação, gerou discussão na comunidade médica.

    O mediador da edição matinal do quadro, Reinaldo Gottino, questionou os advogados Thiago Anastácio e Gisele Soares: “Uso da cloroquina é protocolo ou orientação?”.

    Leia também:

    Apesar de novo protocolo, Anvisa não flexibiliza a venda de cloroquina
    Análise: Protocolo da cloroquina é protocolo mesmo?

    Gisele Soares ponderou que “protocolos têm como característica que haja estudo científico que dê lastro científico”, mas que a discussão está centrada na responsabilidade da decisão sobre o medicamento. “Realmente houve essa transferência de responsabilidade, que seria do Ministério da Saúde para os médicos. Por enquanto ela está com a comunidade médica e com os pacientes que assinam o termo de consentimento”, avaliou.

    Thiago Anastácio criticou a medida que, para ele, simboliza a responsabilização de médicos. “Estamos diante de um dos atos mais covardes que eu já vi em toda a minha vida. Apenas o presidente da República e pequeníssima parte da comunidade médica falam sobre esse destrambelho, que é o uso da cloroquina em qualquer fase da Covid-19, porque não existe lastro científico”, afirmou. “Se acontecer algum problema, não será do presidente da República, mas dos médicos. Um dos atos mais covardes contra aqueles que deveriam estar sendo aplaudidos de pé todas as vezes que falamos sobre eles”.

    Flexibilização em SP

    Já no Debate Novo Dia o anúncio feito pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre iniciar a reabertura gradual da economia a partir de 1º de junho foi o tema em pauta. “Haverá um momento, sim, a partir de 1º de junho em fases escalonadas, cuidadosas, zelosas, e isso feito com o setor privado para a flexibilização”, disse Doria.

    O mediador, Reinaldo Gottino, perguntou aos advogados Gisele Soares e Thiago Anastácio, se “Marcar uma data de reabertura, mesmo que gradual, pode significar o fim da quarentena?”.

    Leia também:

    SP conversa com comércio para reabrir economia em fases a partir de 1º de junho
    SP vai contratar 4,5 mil leitos em hospitais privados

    Gisele Soares lembrou anúncios anteriores feitos por Doria e disse que torce para que a reabertura se concretize na data dessa vez. “Doria é o governador que mais anuncia flexibilização e que menos a faz no Brasil. Esses anúncios já estão no discurso dele desde o começo de maio. Ele fez essa movimentação, mas sempre muito pendular. Fala de flexibilização, mas sempre faz muitas ressalvas e até traz lockdown no mesmo discurso, mas vamos fazer votos para que ele cumpra essa palavra e realmente inicie em 1º de junho”, analisou a advogada.

    Thiago Anastácio demonstrou preocupação com a proximidade da data diante da curva epidemiológica da Covid-19 e o risco de segunda onda de infecções. “O dia 1º de junho está aí e parece que estamos ainda no escalonamento da pandemia, que é demonstrado pelo número de casos de contaminados e mortos. É provável que ainda estejamos em ascensão do pico pandêmico”, refletiu. “Fico inseguro de saber a data, mas a metodologia é aquela que estamos pedindo nos debates. Que seja feito com segurança”.